Um dos alvos da Operação Catarato 2, o ex-secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro Pedro Fernandes foi transferido para o sistema prisional nesta quarta-feira (30).

Fernandes, porém, testou positivo para a Covid-19 e teve sua prisão temporária convertida em domiciliar. Mas, nesta quarta, ele chegou ao presídio Benfica, no Rio de Janeiro, até ser encaminhado para alguma outra unidade prisional.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou a revogação da prisão domiciliar e teve o pedido atendido pela juíza Ana Helena Motta Valle, da 26ª Vara Criminal.

Os advogados do ex-secretário questionaram a medida e alegam que Pedro não teve alta médica.

“Isso quer dizer que ele ainda pode estar transmitindo a doença. Mesmo assim, houve a decisão de hoje que revoga a prisão domiciliar. Pedro Fernandes sempre esteve à disposição da Justiça e vai demonstrar sua inocência no curso do processo”, diz a nota.

Na solicitação enviada à juíza, o MP disse que o exame para detectar a Covid-19 foi feito no último dia 6 de setembro e o resultado divulgado no dia 8. “Porém, o prazo de 14 dias de quarentena passou, e Pedro continuou em sua casa”, diz o MPRJ, em nota.

“Os laudos apresentados pela defesa não indicam que o ex-deputado estadual e secretário de Educação continue infectado com a Covid-19”, completou.

Entenda o caso

De acordo com o MP-RJ, Fernandes e Cristiane Brasil “implementaram e geriram um verdadeiro esquema criminoso” o qual “alimentava o desvio de verbas públicas destinadas a pessoas de baixa renda e a idosos”.

Ainda segundo o órgão, o esquema pode ter desviado R$ 30 milhões dos cofre públicos.