Diego Medeiros de Souza, de 33 anos, é suspeito de ter matado a ex-namorada Joice Giarolla Carneiro Hernandes e prestou depoimento na DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), nesta terça-feira (19). A família da jovem acusa Diego, mas ele foi ouvido na condição de testemunha, negou qualquer responsabilidade e apresentou uma versão do que teria ocorrido. As informações foram divulgadas pelo jornal Extra.

Diego responde na Justiça a um processo de 2017 pelo crime de estupro de vulnerável contra Joice, por ela ser portadora de esquizofrenia e dependente química. Ele já teve prisão preventiva decretada e passou alguns meses na cadeia, mas foi solto. E ficou com restrição de aproximação da ex-namorada.

No depoimento, Diego disse que Joice foi até casa dele no domingo (17) e estava sob efeito de drogas. Ele afirmou que deixou a ex-companheira no quarto, foi fazer comida para ela, mas quando retornou, encontrou Joice inconsciente.

Diego diz que ligou para o Samu, mas não comprovou a chamada. Segundo ele, houve demora para que o atendimento chegasse, então ele pagou a um motorista para levá-lo ao hospital. Ele teria dito à polícia que não se recorda do nome do motorista, nem da marca ou do modelo do veículo.

Depois que Joice foi atendida, Diego diz que saiu do hospital porque acreditava que os parentes da ex-namorada seriam comunicados pelos funcionários.

Joice morreu no hospital. Diego diz que só ficou sabendo pelas redes sociais. Depois ele mesmo fez uma publicação nas redes sociais sobre isso. A família de Joice afirma que só ficou sabendo do ocorrido por causa da publicação dele.

Diego divulgou que Joice “morreu devido ao consumo excessivo de drogas no dia do aniversário da nossa filha”. Ela realmente tinha uma criança, que não tinha nome paterno no registro. Joice negava que Diego era o pai. A filha era cuidada por um parente de Joice.

A jovem usava medicação constante por conta de sua doença psiquiátrica e também fazia tratamento contra a dependência química em cocaína.

De acordo com a família, um funcionário do hospital onde ela foi atendida citou, informalmente, que havia indícios de que ela pode ter sofrido uma overdose. A declaração de óbito da jovem não aponta a causa da morte, e frisa a necessidade de “exames complementares”. Havia marcas avermelhadas no pescoço de Joice, cujas causas serão analisadas.