Em abril deste ano, uma câmera de segurança de um posto de combustível registrou o momento em que Iris Silva comprou gasolina que serviria para atear fogo no corpo do genro Raphael Galvão, que trabalhava como motorista de aplicativo. A sua esposa, a confeiteira Thamiris Silva, de 28 anos, foi encontrada morta em 6 de maio, dois dias depois de prestar depoimento na Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense (DHBF), no Rio de Janeiro. As informações são do iG.

Além disso, Thamiris também era filha de Iris. A polícia informou que o seu corpo foi encontrado na casa de uma tia, onde estava hospedada depois da morte de Raphael.

Antes de morrer, a confeiteira prestou dois depoimentos. Um no dia 25 de abril e outro, 4 de maio. No último, ela disse que não “colocaria a mão no fogo” pela sua mãe e admitiu a participação dela no assassinato do genro.

Segundo Thamiris, a mãe não era a favor do seu relacionamento com Raphael, que durou 15 anos.

Ela ressaltou que conversou com outros motoristas de aplicativos e eles afirmaram que viram o carro de Raphael passando por um bar. Depois, um homem e uma mulher com tranças até a cintura perguntaram onde ficava o campo do Fluminense.

Momentos depois, os dois retornaram a pé em direção ao bairro Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias (RJ).

O veículo de Raphael foi encontrado carbonizado e abandonado no bairro de Xerém, em Duque de Caxias.

O laudo de necrópsia apontou a probabilidade do corpo do motorista de aplicativo ter sido carbonizado depois da morte, pois não havia fuligem em seu sistema respiratório.

Por isso, a defesa de Iris solicitou que a prisão temporária fosse revogada. Por outro lado, admitiu que ela participou da ocultação do cadáver, mas negou participação no assassinato.

“Conforme restará comprovado ao longo das investigações, a acusada não teve qualquer participação na morte de Raphael Galvão de Melo, tendo auxiliado tão somente na ocultação do cadáver. O laudo de necrópsia juntado aos autos é claro ao afirmar que a vítima já se encontrava morta quando o veículo foi incendiado”, disse um trecho do documento enviado pela defesa à Justiça.

Outro processo

Após a prisão da sogra de Raphael, a polícia constatou que Iris já respondeu por um processo de tentativa de homicídio qualificado. Segundo as investigações, em 2008, ela ofereceu para a vizinha Maria Solange Azevedo um pedaço de bolo de batata com chumbinho, no intuito de se livrar de dívidas acumuladas que tinha.

Porém a vizinha envenenada sobreviveu. O caso foi encerrado em 2018.