Dois helicópteros da Polícia Civil foram atingidos por tiros durante uma operação da polícia que aconteceu nesta segunda-feira, 9, na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. As autoridades iniciaram uma ofensiva no intuito de prender os chefes do Comando Vermelho, maior facção criminosa do estado. As aeronaves foram atingidas disparos no momento em que sobrevoavam a região, nenhum membro das forças de segurança se feriu.

+ Irmão da deputada Sâmia Bomfim e colegas: saiba quem são os médicos mortos a tiros no RJ

+ RJ: polícia encontra corpos de suspeitos de matar médicos a tiros

Resumo:

  • A polícia iniciou uma operação que mobilizou mil agentes no intuito de prender chefes do Comando Vermelho;
  • A ofensiva começou às 4h da manhã desta segunda-feira, 9, em resposta ao ataque a tiros sofrido por quatro médicos na Barra da Tijuca;
  • O secretário da Polícia Civil do estado afirmou que o intuito é pacificar os territórios para depois iniciar as prisões.

As autoridades foram mobilizadas como uma resposta ao ataque a tiros feito contra os quatro médicos na Barra da Tijuca. Acredita-se que os ortopedistas teriam sido confundidos com milicianos e três deles foram assassinados a mando de chefes da facção criminosa que desejavam se expandir para a Zona Oeste do Rio de Janeiro, território controlado por grupos rivais. Cerca de mil agentes foram acionados

O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Renato Torres, declarou em coletiva que o foco era o Complexo da Maré, mas os serviços de inteligência das forças de segurança identificaram que os alvos teriam fugido do local. “Decidimos aumentar o nosso escopo de atuação para a Vila Cruzeiro e a Cidade de Deus.”

José Renato Torres também afirmou que no momento, as operações são feitas contra uma facção criminosa em específico, mas garante que todas as quadrilhas do Rio de Janeiro serão punidas da mesma forma. “Primeiro há a necessidade de pacificar o território, para depois estender para as buscas e apreensões e para as prisões dos mandados que nós temos em mãos”. Torres relatou que não houve registro de feridos nem de agentes da polícia ou de moradores das comunidades.

O secretário também explicou o que aconteceu com os helicópteros atacados pelos criminosos. “Nossa tripulação é extremamente técnica e seguindo o protocolo da aviação, eles são obrigados a pousar para avaliar os danos”, declarou Torres. Na coletiva, foi relatado que os agentes das forças de segurança estão utilizando câmeras corporais e também estão sendo empregados drones que possibilitam o reconhecimento facial dos procurados.