Flagrado fazendo gesto obsceno durante um caso de assédio sexual, o ambulante Celso Lins Bastos disse que foi provocado a fazer o ato e disse que está arrependido.

Celso fez o gesto enquanto o empresário Ricardo Roriz filmava a advogada Mariana Maduro e uma amiga praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul da capital fluminense.

Em depoimento à polícia civil, Bastos disse que foi o empresário que o provocou para se manifestar sobre as mulheres praticando ioga.

“Ele afirmou que foi, na verdade, provocado pelo cliente Ricardo Roriz, que está sempre ali fazendo filmagens ou fotografias e o provoca para que ele faça também comentários, numa adesão de vontade do autor Ricardo Roriz”, informou a delegada Valéria Aragão ao Universa, que conduz o inquérito.

A defesa do ambulante relata ainda que, Celso não tinha ciência de que estava sendo filmado.

“O ato obsceno que ele fez não foi direcionado a ninguém, a nenhuma mulher, foi direcionado ao Ricardo Roriz. Quando ele se aproxima das meninas, ela vai oferecer água a elas como ele oferece a todo mundo ali”, disse Valdo Tavares, advogado do ambulante.

Arrependimento pelo gesto

Segundo a delegada, Bastos contou que alugava bicicletas na Lagoa Rodrigo de Freitas, mas precisou mudar de negócio devido à pandemia de coronavírus e montou um ponto de venda de bebidas. Ao prestar esclarecimentos, o ambulante relatou que o empresário é um cliente assíduo e que já participou de outras filmagens de Roriz

“Nas redes sociais, seria comum os seguidores de Ricardo Roriz o atiçarem para que provocasse Celso e ele fizesse comentários também. Seria uma espécie de brincadeira de mau gosto de que Celso se diz vítima. Ele também se disse arrependido e assustado com a repercussão negativa de todos esses fatos”, disse a delegada Valéria Aragão.