Tricampeão do mundo, o ex-jogador Roberto Rivellino declarou que não aprova o trabalhado realizado por Tite à frente da Seleção Brasileira. Convidado do “PodCopa”, podcast da “ESPN”, o ex-Corinthians detonou as escolhas do treinador e afirmou que o comandante não mudou de teoria desde a Copa do Mundo de 2018.

Segundo Rivellino, Tite foi o principal responsável pela eliminação do Brasil diante da Bélgica, no Mundial da Rússia. Conforme Roberto, o comandante da amarelinha tenta “engessar” os jogadores na tentativa de fazer o time ser campeão “sempre ao seu jeito”, sem considerar as características específicas de cada um dos atletas.

“Não [agrada o trabalho de Tite]. Porque ele teve [oportunidade] naquela Copa que nós perdemos para a Bélgica, e ele falou que iria pensar mais rápido, ia mudar, que ia acontecer, e ele continuou com a mesma teoria. Eu não vejo ele mudando. Eu não sei, eu tenho um conceito, ele acha que, se ele for campeão, vai ser do jeito dele. Às vezes não, você tem que respeitar o jogador, o que ele faz”, declarou Rivellino.

“Às vezes, ele convoca um jogador que trabalha em um setor, que nem o Willian. Contra o México [nas oitavas], ele fez a melhor partida dele lá, em 2018, foi o melhor em campo, ele flutuou, ficou aberto. Chegou no outro jogo, ele ficou abertinho, não saiu da posição dele, porque, para mim, foi ordem do treinador, tanto é que no segundo tempo ele tirou o Willian”, acrescentou.

Rivellino também alegou que, quando Tite conquistas títulos, parece que o mérito é apenas do treinador, excluindo os atletas. “A impressão que dá é que ‘fui campeão porque eu fui campeão’, não foram os jogadores. Essa coisa não me agrada”, opinou.

Na entrevista, o ex-jogador ainda disse quem deveria substituir o treinador ao término da Copa do Mundo do Catar. “Se pudesse, o Guardiola. Se pudesse um estrangeiro, para mim, eu gostaria do Guardiola. Ele tem o perfil do futebol brasileiro, tanto é que ele fala em entrevista que o avô dele falava da Copa de 1970, da maneira de jogar, que ele é o famoso ‘tiki-taka’… Eu, se fosse para escolher, hoje, um treinador estrangeiro para a seleção brasileira, seria o Guardiola”, completou.