O diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza, afirmou nesta quarta-feira, 3, que os riscos para a estabilidade do sistema financeiro do Brasil permanecem baixos. Ele falou durante apresentação do “Relatório de Estabilidade Financeira”, publicação semestral do BC sobre a saúde do sistema bancário brasileiro. “Eleições, agenda do novo governo e cenário internacional deverão dominar o debate sobre riscos à estabilidade financeira neste segundo semestre”, disse ele em evento para apresentar o documento, que avalia os dados do primeiro semestre de 2018.

No primeiro semestre, Souza ressaltou que o crédito às famílias continuou crescendo, principalmente nas modalidades voltadas ao consumo, mas não há indícios, até o momento, de aumento no risco de crédito. Na pessoa jurídica, ele destacou que houve “ligeira redução dos ativos problemáticos das grandes empresas após três anos consecutivos de forte ascensão”.

Com a redução do risco de crédito, e a consequente queda das despesas de provisão para devedores duvidosos, os ganhos de eficiência beneficiaram a rentabilidade dos bancos, ressaltou o executivo do BC. “O mercado continua confiando na capacidade de absorção de choques pelo sistema financeiro.”

Souza ressaltou que os bancos mantém nível de provisão adequado para os riscos de suas carteiras de crédito.

Ele apresentou as conclusões do relatório e destacou que todos os indicadores de capitalização dos bancos continuam “significativamente superiores” aos requeridos pelo BC. Além disso, ele ressaltou que o risco de liquidez no curto prazo é baixo e os resultados dos testes de estresse feitos pela instituição seguem atestando a resistência dos bancos aos vários cenários.

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