O mercado financeiro registrou na quinta-feira, 7, um dos dias de maior estresse dos últimos tempos. No pior momento, o dólar chegou a R$ 3,96 (acabou fechando em R$ 3,91, alta de mais de 2%) e a bolsa recuou 6,5% (para fechar em queda de 2,93%, aos 73.85 pontos). Pressionado, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, convocou uma entrevista para informar que vai oferecer mais US$ 20 bilhões ao mercado até o final da semana que vem e que, se necessário, pode até recorrer às reservas cambiais. E descartou elevar juros para conter o câmbio.

Os números ruins de quarta-feira são o reflexo de um cenário econômico conturbado, tanto no Brasil quanto no exterior, que já vem praticamente desde o início do ano. Mas, para os analistas, um dado vem ganhando relevância nessa conta: o risco político. O mercado parece ter se dado conta de que há uma probabilidade cada vez maior de nenhum candidato de centro – mais identificado com as reformas estruturais, como a da Previdência – estar no segundo turno das eleições presidenciais. A greve dos caminhoneiros, que parou o País, acrescentou um ingrediente extra. O pedido de subsídios ao preço dos combustíveis, que acabou sendo concedido pelo governo, teve grande apoio popular. E demonstrou o forte apelo que o discurso populista ainda deve ter nas eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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