As lesões viraram um pesadelo para os jogadores às vésperas da Copa do Mundo. Até agora, pelo menos três atletas estão fora do Mundial da Rússia, que começará em menos de dois meses, por problemas físicos e a lista deve aumentar nos próximos dias. A última baixa foi o meia inglês Alex Oxlade-Chamberlain, do Liverpool, que rompeu os ligamentos do joelho direito.

Opção regular no meio de campo da seleção inglesa desde o ano passado, Chamberlain não costuma dar sorte antes de competições importantes. O Mundial da Rússia será o terceiro torneio internacional que ele perde por causa de lesões. Ficou de fora da Copa de 2014 por ter se contundido dias antes do embarque para o Brasil e, em 2016, perdeu a Eurocopa também por ter machucado o joelho.

A lista de ausências já confirmadas tem também o atacante belga Michy Batshuayi (lesão no tornozelo esquerdo) e o russo Alexander Kokorin (rompimento do ligamento cruzado do joelho direito). Exames mais detalhados que serão realizados nos próximos dias definirão se o lateral francês Sidibé, o volante argentino Biglia e o zagueiro alemão Jérôme Boateng conseguirão se recuperar a tempo de disputar o Mundial.

Na seleção brasileira, o assunto é tratado com atenção especial pela comissão técnica de Tite e a principal preocupação é com a condição física de Paulinho, volante do Barcelona.

“Temos a preocupação com o Paulinho porque a carga de jogos dele tem sido enorme, ele não teve férias e vem desde o início de 2017 jogando. Tenho todos os números dele de treino. Conversei com ele e mostrei a necessidade de se alimentar e se recuperar adequadamente. Nossa nutróloga também tem acompanhado, com informações sobre alimentação suplementar. É um jogador que temos acompanhado de perto”, explicou o preparador físico da seleção, Fábio Mahseredjian.

Os jogadores da seleção deverão se apresentar na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), no dia 21 de maio, para dar início aos treinos para a Copa do Mundo. Sobretudo nos primeiros dias de treinamentos, cada atleta deverá ser submetido a uma carga específica de trabalho, elaborada a partir de informações colhidas por Mahseredjian.

“Fiz duas viagens à Europa e cerquei todos os atletas que possivelmente serão convocados. Peguei dados referentes às cargas de trabalho nos clubes no último mês. O que pedi aos preparadores físicos é para saber a carga de trabalho desses atletas neste mês que antecede a preparação. Isso é importante para nós. Podemos quantificar o quanto cada um teve de exigência e intensidade”, disse.