LODI, 28 ABR (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, alertou que o afrouxamento das medidas restritivas por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) deve ser feito com “prudência” porque o risco de contaminação continua muito alto.   

“O risco do retorno do contágio, com uma nova explosão de focos, é muito concreto e é a razão que nos leva a adotar um afrouxamento das medidas com muita prudência. Não podemos permitir que haja uma situação fora de controle”, afirmou Conte durante sua visita à cidade de Lodi, que fica na Lombardia, a região mais afetada pela pandemia. A chamada fase dois de combate ao vírus, anunciada pelo governo no último domingo (26), prevê a reabertura gradativa do país a partir do dia 4 de maio e vem recebendo críticas de diversos setores – como aqueles ligados à religião. Mas, segundo o premier, “não é possível fazer mais” do que foi anunciado.   

“Sou o primeiro a querer afrouxar as medidas, mas por enquanto, é assim que precisamos proceder”, ressaltou aos presentes.   

Conforme Conte, a realização dos testes para detectar tanto a Covid-19 como a presença de anticorpos são fundamentais para “construir um patrimônio informativo que nos permitirá andar nesta segunda fase com maior prudência e segurança”. Sobre as estratégias anunciadas por Roma para controlar a pandemia, o primeiro-ministro falou sobre a utilização de um aplicativo de rastreamento, que também causou polêmica entre os italianos, mas que é considerado fundamental para a “estratégia sanitária”. O app permitirá verificar com quem as pessoas que contraíram o vírus tiveram contato e fazer um monitoramento. Porém, Conte reafirmou que ele será uma medida voluntária, “já que ninguém será obrigado a baixá-lo” em seu celular. A Itália já contabiliza mais de 200 mil casos do novo coronavírus com mais de 27 mil vítimas.   

O premier deixou a capital italiana nesta terça-feira (28) para fazer uma rápida visita em diversas cidades do país. Primeiro passou por Gênova, onde acompanhou a instalação da última parte da estrutura da Ponte Morandi, que desabou em agosto de 2018.   

Depois de lá, Conte se dirigiu para Lodi e ainda visitará Piacenza e Cremona. (ANSA)