A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira que o risco de uma propagação epidêmica do zika vírus na Europa é baixo ou moderado com a chegada do verão.

Graças às medidas de prevenção colocadas em andamento, “o risco global de epidemia da doença do zika vírus na região europeia da OMS é baixo ou moderado no final da primavera e no verão”, informou o organismo das Nações Unidas em um comunicado.

A probabilidade de uma transmissão local do vírus é elevada em zonas onde se encontra o mosquito Aedes aegypti, principal vetor do vírus, como na ilha portuguesa da Madeira e nas regiões da Geórgia e da Rússia próximas ao mar Negro, segundo a OMS.

A probabilidade é moderada em 18 países devido à presença do mosquito tigre (Aedes albopictus), transmissor “secundário” do vírus.

Em outros 36 países, a probabilidade é baixa, muito baixa ou inexistente, especialmente na Europa central, Europa do Leste e no norte da Europa, graças às condições climáticas e onde não há a presença do mosquito do tipo Aedes.

O risco de propagação é “variável de um país a outro”, segundo a doutora Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS para a Europa. Os países mais expostos devem imperativamente colocar em andamento políticas de saúde pública destinadas a “prevenir uma onda de grande envergadura da epidemia”.

Além disso, a transmissão do vírus pelo mosquito tigre ficou demonstrada em laboratório, mas ainda não foi constatada nos humanos.

O zika vírus foi identificado em Uganda em 1947 e é considerado responsável por muitos casos de malformação congênita em bebês, como a microcefalia, e doenças neurológicas raras em adultos.

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