15/12/2024 - 8:58
O Rio Grande do Sul está sob alerta para a possível formação de um ciclone subtropical, com a previsão de provocar tempestades e ventos intensos neste domingo, 15, em ao menos 13 municípios do estado.
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O aviso é do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que sinalizou nas regiões sul do litoral e interior gaúchos — próximas da fronteira com o Uruguai — um alerta de grande perigo (cor vermelha) para chuvas intensas. Os temporais, de acordo com o Inmet, podem apresentar um volume superior a 100 mm/dia, e com ventos superiores a 100 km/h.
O aviso de grande perigo começou na noite deste sábado, 14, e tem prazo para se encerrar às 12h deste domingo. As áreas mais atingidas podem ser o sul e leste gaúcho, afirma o instituto.
“Grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, de queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário”. Na segunda-feira, 16, o sistema deve se deslocar para alto-mar.
Trajetória do ciclone
A MetSul, que também fornece medições e informações meteorológicas, alerta para o fato de o ciclone se deslocar pela terra, e não sobre o mar. As instabilidades serão sentidas ao longo do dia, conforme o ciclone avançar pelo centro e leste do estado, e podem atingir a capital Porto Alegre e região metropolitana no período da tarde.
“Quando o sistema alcançar a área de Porto Alegre, tende a estar mais fraco, mas ainda podem ocorrer algumas rajadas na segunda metade do domingo, apenas menos fortes que no Sul, Campanha e Centro do estado”, disse Estael Sias, meteorologista da MetSul.
As cidades com maior risco de vento forte a intenso incluem as que estão situadas ao sul de Pelotas e Rio Grande e da Campanha. São elas:
- Santa Vitória do Palmar
- Chuí
- Arroio Grande
- Jaguarão
- Herval
- Aceguá
- Bagé
- Pedras Altas
- Pinheiro Machado
- Candiota
- Hulha Negra
- Piratini
- Caçapava do Sul
O que é um ciclone subtropical?
Um ciclone subtropical é um centro de baixa pressão atmosférica que se forma isoladamente, sem estar associado a uma frente fria — diferente de um ciclone extratropical, que se desenvolve a partir das diferenças de temperatura entre massas de ar frio e quente. Além disso, os ventos associados a este tipo de ciclone tendem a ter uma velocidade entre 63 km/h e 118 km/h.
“No Hemisfério Sul, o ar ao redor do centro de baixa pressão se movimenta no sentido horário. Próximo da superfície, o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas”, explicou a Climatempo.
“Mesmo que não ocorra efetivamente a formação e nomeação de um ciclone subtropical, a acentuada queda da pressão do ar na costa do Rio Grande do Sul estimula a formação de nuvens carregadas, com potencial para chuva forte, além de ventos fortes“, concluiu a agência.