Água, roupas, ração e mais: saiba como ajudar os afetados pelas inundações no RS

Voluntários organizam doações a serem levadas ao Guaíba para vítimas das enchentes em Porto Alegre (RS)
Voluntários organizam doações a serem levadas ao Guaíba para vítimas das enchentes em Porto Alegre (RS) Foto: Anselmo Cunha/AFP

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul afetaram mais de dois milhões de pessoas e deixaram ao menos 450 cidades com prejuízos.

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, mais de 530 mil pessoas estão desalojadas e outras 76 mil foram encaminhadas para abrigos.

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Milhares de famílias precisaram deixar suas casas por conta das inundações, que devem persistir até ao menos o fim do mês. Sem casa, os afetados contam com doações para poder sobreviver.

Por meio do site SOS Rio Grande do Sul, a Defesa Civil disponibilizou informações sobre quais locais do estado estão recebendo doações e quais itens estão sendo recebidos em cada um deles.

O que doar?

  • Colchões novos ou em bom estado;
  • Roupa de cama;
  • Roupa de banho;
  • Roupas íntimas (apenas novas);
  • Roupas infantis;
  • Roupas masculinas e femininas (adulto);
  • Fraldas descartáveis;
  • Itens de higiene pessoal;
  • Itens de limpeza;
  • Absorventes;
  • Calçados;
  • Meias (juntar os pares);
  • Cobertores;
  • Água potável;
  • Refeições prontas (marmitas);
  • Medicamentos;
  • Ração animal;
  • Cestas básicas, preferencialmente fechadas para facilitar o transporte.

Onde doar?

De acordo com o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, todas as agências dos Correios do País estão preparadas para arrecadar as doações que serão encaminhadas para o Rio Grande do Sul.

Para a doação de marmitas, a orientação é entrar previamente em contato com a Defesa Civil do município para evitar que os alimentos perecíveis estraguem e haja, assim, desperdício de comida.

As empresas, organizações da sociedade civil e grupos de serviço que desejarem enviar doações de comidas prontas deverão contatar previamente pelo telefone (51)3120-4255 para acertar a logística de entrega do material.

Doações em dinheiro

Desde o último dia 2 de maio, a conta SOS Rio Grande do Sul, do banco Banrisul, foi restabelecida pelo governo do Rio Grande do Sul para receber doações em dinheiro.

A chave Pix é o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) número 92.958.800/0001-38. Na segunda-feira, 13, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou que cada família atingida pela tragédia terá direito a R$ 2 mil pagos em parcela única.

Cerca de 45 mil famílias devem receber a ajuda financeira no Estado.

  • O auxílio será destinado a famílias desabrigadas ou desalojadas, que residam em algum município com situação de calamidade reconhecida pela Defesa Civil e que já tenham condições de iniciar o processo de reconstrução de suas casas.
  • É preciso que a família esteja inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) ou no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e tenha renda total de até três salários mínimos (R$ 4.236).

Segundo o governo, o cadastramento das famílias será realizado diretamente nos municípios. Uma plataforma virtual que pode agilizar o processo está em desenvolvimento.

O responsável familiar beneficiado vai receber um cartão do SOS Rio Grande do Sul, emitido pela Caixa Econômica Federal, com o valor do auxílio já disponível para saque ou débito. Quem teve os documentos extraviados poderá utilizar a biometria facial para solicitar o cartão.

Aqueles que já foram contemplados pelo programa Volta por Cima, destinado à população em situação de pobreza ou extrema pobreza, não terão direito ao Pix.

Voluntariado

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul lançou um formulário para voluntários que desejam atuar em tarefas de organização, seleção e triagem das doações de ajuda humanitária no estado.

Instituições, empresas e ou grupos interessados no voluntariado também podem preencher o cadastro no link.

Os Correios também estão recrutando voluntários para auxiliar na triagem de doações nos estados de São Paulo, Paraná e Distrito Federal. O apoio é necessário nos municípios paulistas de Cajamar e Guarulhos; nas cidades paranaenses de Curitiba, Cascavel e Londrina; e no Setor de Oficinas Sul, em Brasília (DF).

As inscrições podem feitas pelos e-mails sgreo-bsb@correios.com.br (Brasília) e voluntariosparana@correios.com.br (Paraná), e pelo formulário neste link (São Paulo), e devem conter nome completo e telefone de contato. Informações e dúvidas sobre a atuação de voluntariado também podem ser enviadas a esses e-mails.

Profissionais de saúde voluntários

Profissionais de saúde que desejam atuar no estado com voluntários devem de cadastrar por meio da Secretaria da Saúde (SES) neste link. “A colaboração de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros, deverá ocorrer em hospitais, unidades de pronto atendimento e nos demais serviços de saúde”, informa a Defesa Civil.

As autoridades estaduais reforçam que ao fazer o registro, “o profissional autoriza que seus dados sejam disponibilizados pela SES para as gestões municipais e instituições de saúde, caso haja necessidade de substituição ou ampliação da força de trabalho”.

“O cadastro é destinado àqueles profissionais que possuem disponibilidade de carga horária e interesse em atuar no auxílio aos municípios. A inscrição não garante o chamamento do profissional, da mesma forma que não gera vínculo empregatício com o Estado”, informa a Defesa Civil.