Manifestantes contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff bloquearam duas rodovias importantes do Rio, entre a madrugada e a manhã desta terça-feira, 10. A Rodovia Rio-Santos foi fechada nos dois sentidos, por volta das 6h40, na altura do município de Itaguaí (Região Metropolitana do Rio). Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes atearam fogo em pneus, na altura do km 394. Alguns portavam bandeiras da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Por volta das 8h, a pista foi totalmente liberada. Apesar disso, o trânsito ainda é lento na via.

Durante a madrugada, por volta das 4h50, os manifestantes também interditaram parcialmente a pista no sentido Rio de Janeiro da Rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Nova Iguaçu. Eles também atearam fogo a pneus, o que exigiu a atuação de bombeiros. A via foi totalmente liberada às 5h30.

Um grupo de manifestantes se concentrou, por volta das 9h, na entrada principal da Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Segundo a polícia rodoviária, eles não invadiram a rodovia Washington Luís, que passa pela Reduc.

Rio Grande do Sul

Manifestantes também bloquearam diversas rodovias no Rio Grande do Sul no início da manhã desta terça-feira. Estradas importantes, como a BR-116, que liga a região metropolitana de Porto Alegre à Serra Gaúcha, foram afetadas. Em alguns casos houve queima de pneus. Ao longo da manhã as autoridades agiram, negociaram com os manifestantes e conseguiram liberar alguns trechos.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF-RS), às 10h40 pelo menos quatro pontos de vias federais seguiam interditados: BR-392 (Pelotas), BR-158 (Santana do Livramento), BR-285 (Moinho Primavera) e BR-386 (Carazinho). Outros trechos foram desbloqueados há pouco e, por isso, ainda apresentavam trânsito lento, como é o caso da BR-290 na altura de Eldorado do Sul e da BR-153 em Marcelino Ramos.

Algumas estradas estaduais também foram alvo da ação dos manifestantes, como a RS-040 e a RS-453. Os protestos foram convocados pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, em diferentes cidades do País. O objetivo, de acordo com os organizadores, é chamar a atenção da sociedade sobre a possibilidade de afastamento da presidente Dilma e pressionar senadores a votarem contra a admissibilidade do processo na próxima quarta-feira.