29/02/2024 - 14:28
Fausto Silva, o Faustão, realizou um novo transplante no dia 25 de fevereiro. De acordo com nota do Hospital Israelita Albert Einstein, o apresentador de 73 anos precisou realizar o procedimento em função do agravamento de uma doença renal crônica.
Segundo a última atualização sobre seu estado de saúde, ele está em observação para acompanhamento da adaptação do órgão e controle clínico.
Porém, em agosto de 2023, Faustão passou por um transplante de coração depois de ter sido hospitalizado com insuficiência cardíaca.
Em entrevista para a IstoÉ, Alexandre Sallum Bull, urologista assistente do grupo de transplantes renal da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e chefe do transplante renal do Hospital Santa Catarina, explicou que o novo procedimento médico realizado pelo artista pode afetar o anterior.
“O transplante de rim recente também pode afetar o transplante de coração feito anteriormente pois toda cirurgia é uma agressão ao organismo e por isso é preciso observar o paciente”, explicou.
“Nos primeiros dias poderá ainda ter ter sangramento e inflamação, decorrentes da cirurgia do rim recém transplantado, e com isso pode haver instabilidade para o coração. Mas vale ressaltar que isso tende a se estabilizar, com o controle de volume e hemodinâmico, e em pouco tempo não comprometer mais o coração nem nenhum órgão”, completou.
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Questionado sobre como a presença de um transplante de coração anterior afeta o processo de seleção de um doador adequado para o transplante de rim, o médico ressaltou que a fila do transplante é única.
“Somente critérios de gravidade como falências de acesso ou outras condições de gravidade como um transplante prévio, como o de coração ou fígado, dado que fazer diálise em um regime de imunossupressão que esses pacientes transplantador necessitam para não haver rejeição do órgão, podem aumentar o risco de infecção
Riscos em pacientes que já possuem um coração transplantado
Alexandre explicou que os riscos adicionais associados ao transplante de rim em pacientes que já possuem um coração transplantado são maiores, principalmente os infeciosos, por sangramentos e intra operatórios. Esses pacientes “geralmente usam medicações para ‘afinar’ o sangue, como os antiagregantes e anticoagulantes”.
No processo de recuperação, os cuidados de acompanhamento necessários para garantir a saúde a longo prazo são: alimentação e ingestão de água adequada, exercício físico, uso de medicação no horário correto e consultas periódicas com especialista.