O atacante Ricardo Oliveira minimizou o fato de o técnico Jorge Sampaoli, agora no Atlético Mineiro, ter pedido sua contratação no ano passado, quando estava no Santos. Para o jogador de 39 anos, só o trabalho diário vai convencer o argentino de que ele pode ser útil para o clube na temporada.

“É tudo diferente, é tudo novo, foi ano passado, já fica no esquecimento. Agora, que o Sampaoli está aqui, preciso demonstrar todos os dias, nos treinamentos, que tenho condições de ajudá-lo, de dar uma resposta que ele precisa e quer, mas também que o time necessita, o torcedor espera”, afirmou o Ricardo Oliveira.

“Estou tranquilo, venho treinando forte, joguei muito pouco neste início de temporada. Não me vejo abaixo fisicamente. Nos momentos que foi necessário entrar, dei uma resposta boa fisicamente. Estou muito bem preparado”, completou.

Nesta temporada, Ricardo Oliveira entrou em campo em sete partidas, sendo quatro como titular. O atacante marcou apenas um gol, no empate com o Afogados, de Pernambuco, fora de casa, na eliminação da Copa do Brasil.

Ao falar da baixa produção ofensiva, o atacante aproveitou para cutucar o antecessor de Sampaoli, o venezuelano Dudamel. Para Ricardo Oliveira, o problema do Atlético não são os atacantes, mas de criação de jogadas. “Quando a gente consegue criar as oportunidades para um 9, aí você pode questionar a qualidade dele. Quando ele tem três, quatro oportunidades num jogo e não consegue fazer, aí sim você pode questionar. Quando ele não tem, fica difícil questionar”, discursou o jogador. “Quando o time cria, certamente ele vai ter oportunidades de fazer gols. O time dele (Sampaoli) é um time que joga pra frente, cria bastante.”

As críticas seguiram na resposta seguinte. “Nós vivemos de gols, o centroavante vive de gols, vamos ser cobrados por isso. Ele só vai ter condição de fazer gols e dar essa resposta quando a bola chega. E é uma verdade: nosso time tem tido dificuldade na criação. A gente tem poucas oportunidades de gol no jogo. A gente procura fazer as movimentações, abrir espaço, mas a gente tem tido essa dificuldade”, continuou Ricardo Oliveira.

O atacante espera que isso seja resolvido com Sampaoli. O treinador defende o futebol ofensivo, algo que colocou em prática no ano passado no Santos, por exemplo. Em sua apresentação oficial, o argentino repetiu o discurso de que o Atlético precisa levar entusiasmo ao torcedor.

“Esperamos que, com a chegada do Sampaoli, a gente tenha mais essa oportunidade. Eu, Di Santo, Tardelli… Que tenhamos mais ocasiões, mais oportunidades, para poder concluir em gol, poder fazer os gols necessários”, encerrou.