Nesta segunda-feira, 29, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vai indicar Ricardo Nascimento de Mello Araújo, coronel da reserva da Polícia Militar, como vice na chapa com Ricardo Nunes (MDB) para a disputa das eleições 2024 na capital paulista.

O militar é uma escolha de Jair Bolsonaro (PL) para a vaga. Desta maneira, o aceite do nome por Nunes vai selar a aliança entre o prefeito e o ex-presidente.

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Fiel seguidor de Bolsonaro, Mello Araújo seria uma espécie de preposto de Bolsonaro numa eventual nova gestão de Nunes. O prefeito, por sua vez, ganharia um reforço na pauta da segurança pública durante a campanha, com atração, sobretudo, do eleitor bolsonarista.

Vale lembrar que o coronel foi diretor da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), empresa pública federal, na gestão do ex-presidente desde outubro de 2020. Em janeiro de 2023, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi exonerado do cargo. Antes, comandou a Rota, batalhão especial da Polícia Militar de São Paulo, entre 2017 e 2019.

Ao Estadão, Valdemar confirmou neste domingo, 28, que o nome do coronel será colocado na mesa de Nunes na reunião marcada para as 8h30. Segundo ele, a segurança pública será o assunto prioritário do encontro.

A sugestão de Mello Araújo para composição da chapa será analisada pelos partidos que já firmaram aliança pela reeleição de Nunes, de acordo com o prefeito. A pré-campanha do emedebista tem, até o momento, o apoio do Republicamos, sigla do governador Tarcísio de Freitas, do Solidariedade e do PP.

“Está meio cedo ainda (para definição do vice), a eleição está longe, estão antecipando. Mas a gente aguarda amanhã o que o Valdemar vai trazer para depois colocar para os partidos que são da coligação”, disse Ricardo Nunes neste domingo, antes de participar de ato em memória às vítimas do holocausto, promovido por Confederação Israelita do Brasil, Federação Israelita do Estado de São Paulo e Congregação Israelita Paulista.

Bolsonaro e Nunes alternaram momentos de proximidade e distanciamento durante o ano passado. Em dezembro, o ex-presidente chegou a dizer que apoiaria o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ministro do Meio Ambiente de seu governo, na eleição municipal.