O brasileiro Ricardo Gomes, até agora diretor esportivo do Santos, foi nomeado nesta quarta-feira (5) gerente executivo do Bordeaux – anunciou o clube francês.

Ele assume, assim, as rédeas do clube após a etapa do técnico Gustavo Poyet.

Ricardo, de 53 anos e que já dirigiu o Bordeaux entre 2005 e 2007 (2º em 2006, com vitória na Copa da Liga em 2007), terá como adjunto Eric Bedouet, que ocupava a função interinamente nas últimas três semanas, desde a suspensão de Poyet por declarações explosivas contra a direção do clube.

Oficialmente, Bedout vai figurar como técnico da equipe profissional, já que Ricardo não tem os certificados que atualmente são exigidos para ser técnico no país, apesar de ter liderado, entre 1996 e 2009, 278 partidas em equipes da Ligue 1 (Paris SG, Bordeaux, Mônaco).

É por isso que sua nomeação é oficialmente como gerente executivo, por razões administrativas, embora na prática ele seja o homem que vai orientar a preparação e as estratégias da equipe.

Não poderá, no entanto, dar coletivas de imprensa antes e depois dos jogos. No banco, também não poderá se levantar para dar instruções para a equipe.

Eric Bedouet permanecerá oficialmente como treinador, para cumprir as funções que Ricardo não puder realizar.

Patrick Colleter, que foi colaborador de Ricardo no Bordeaux e no Mônaco antes, também retorna para o clube e será oficialmente o assistente de Eric Bedouet, juntando-se à equipe técnica.

O nome de Ricardo circulava insistentemente na imprensa há cinco dias, depois que se confirmou que Thierry Henry, integrante do corpo técnico da seleção belga, não seria o novo técnico de Bordeaux, como vinha se especulando.

A oficialização da nomeação de Ricardo foi adiada até que o brasileiro fosse liberado do contrato que o unia ao Santos até junho.

O presidente do clube paulista, José Carlos Peres, tentou, sem sucesso, negociar uma indenização de saída, estimada entre 150.000 e 300.000 euros, de acordo com várias fontes brasileiras, que o Bordeaux se recusou a pagar.

O Bordeaux teve um começo de temporada muito difícil, com três derrotas e uma vitória nas primeiras quatro rodada da Ligue 1.

Na Liga Europa, conseguiu superar as rodadas anteriores e chegar à fase de grupos.

Mas, se algo marcou o início da temporada, foi a situação em seu banco.

O uruguaio Gustavo Poyet, no cargo desde o início de 2018, ficou irritado com o conselho por seu comportamento no mercado de transferências e criticou duramente, e de maneira pública, o que levou o clube a suspendê-lo cautelarmente e iniciar o processo de demissão.

Ricardo, por sua vez, deixou boas lembranças no Bordeaux.

Em duas temporadas, ele ficou em segundo lugar em 2006 e deu uma Copa da Liga em 2007, estabelecendo as bases para o título de 2009 da Ligue 1, que o Bordeaux venceu com seu sucessor, Laurent Blanc.

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