O ator Reynaldo Gianecchini, 51, usou as redes sociais nesta quarta-feira, 3, para comentar as críticas que tem recebido por sua personagem mais recente do teatro. Fazendo um paralelo entre seus últimos trabalhos — vivendo o psicopata Matias Carneiro em “Bom dia, Verônica” (2020) e a drag queen Mitzi em “Priscilla: A Rainha do Deserto” —, o artista comparou a reação do público.

“Um dos últimos personagens que eu fiz foi um abusador, um cara terrível, e a série foi muito bem recebida, porque levantou discussões importantes. Eu recebi muitos comentários positivos. Agora, estou fazendo uma drag queen no teatro. Sim, também tem muita gente que adora e que vai lá ver a peça, que fica maravilhado e curte. Mas estou recebendo um monte de comentários negativos de pessoas que misturam o meu personagem com a minha vida pessoal, e destilam lá toda a sua raiva e seus preconceitos”, notou Gianecchini.

E completou: “Tudo bem ser um psicopata, um abusador, vocês não acharam ruim e não confundiram com a minha vida pessoal. Mas uma drag queen, sim. Muita gente não quer me ver nesse papel, querem me cancelar. Curioso, né?”

Por fim, o ator mandou um recado aos “haters”, dizendo que jamais se tornará uma pessoa preconceituosa: “Para quem confunde meus personagens com minha vida pessoal, eu digo que sou um ator. Eu não ganho a vida fazendo drag queen, mas, se essa fosse minha escolha, eu faria feliz, porque são pessoas e artistas que eu admiro, as drags. O que eu não admiro, e jamais queria ser, é um cara preconceituoso, que dissemina ódio, raiva, que não acolhe, que não é empático e não vive a vida de verdade”.

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