A revista norte-americana “The Economist” exibiu em sua capa nesta quinta-feira, 4, um andador e solicitou, em edital e reportagem, que o presidente Joe Biden desista da disputa eleitoral deste ano pelo Partido Democrata.

Além disso, a capa exibe a frase “No way to run a country” (Sem condição de comandar um país, em português), e o selo da Presidência dos EUA no andador. Joe Biden tem 81 anos e, caso reeleito, deixaria o segundo mandato com 86.

“The Economist” não foi a única revista norte-americana que pediu pela desistência de Biden. Nas últimas semanas, o “The New York Times” e “The Wall Street Journal” fizeram o mesmo. Isso ocorreu após o mau desempenho de Biden durante o debate com Donald Trump na CNN, no dia 27 de junho.

No edital, a revista “The Economist” alegou que “o debate presidencial foi terrível para Joe Biden, mas o encobrimento foi pior. A desonestidade da sua campanha provoca desprezo. Ele deve retirar a candidatura. Joe Biden merece ser lembrado por suas conquistas e sua decência, não por seu declínio”.

O edital ainda ressalta que a campanha de Biden teria encoberto as falhas de memória do presidente e sua falta de capacidade para governar nos últimos quatro anos.

Mesmo com a pressão, o presidente norte-americano afirmou na quarta-feira, 3, que não pretende desistir da disputa eleitoral. “Eu estou concorrendo. Eu sou o líder do Partido Democrata. Ninguém vai me forçar a sair”, completou.

Em entrevista coletiva na Casa Branca, a porta-voz do governo Biden, Karine Jean-Pierre respondeu a pergunta se o presidente considera a possibilidade de abandonar a disputa: “Absolutamente, não”.