Uma das principais esperanças de medalha do Brasil no Mundial de Atletismo de Oregon, nos Estados Unidos, que começa nesta sexta-feira, o revezamento masculino (4 x 100m) terá de superar a ausência de Paulo André, titular do time e velocista mais consistente dos últimos anos. O trunfo é a presença de atletas com marcas individuais próximas aos 10 segundos e a evolução técnica na passagem do bastão nos últimos anos.

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Mesmo assim, será um desafio para Erik Cardoso, Felipe Bardi, Rodrigo do Nascimento, Gabriel Aparecido Garcia e Derick Souza – embora o revezamento seja disputado por quatro atletas, cada País inscreve cinco obrigatoriamente. Se estivesse em forma, PA poderia ganhar centésimos importantes na pista, pois foi absoluto nas últimas temporadas. Mas, depois de participar do reality show Big Brother Brasil, o atleta decidiu interromper a carreira e cumprir os compromissos publicitários assinados depois de ter sido vice-campeão na competição da Rede Globo. A volta às pistas ficou para o ano que vem apenas. O Brasil terá de se virar sem ele.

Mais experiente do grupo aos 28 anos, Rodrigo Nascimento minimiza a ausência do companheiro com os bons resultados dos outros velocistas. “Fico feliz pelo Paulo André. Ele mereceu e tem de aproveitar para fazer dinheiro. O esporte é carente disso”, diz o atleta do CT Maranhão (MA). “O time está indo muito bem. Todos estão correndo na casa dos 10s0 e isso dá confiança”, completa.

O número citado por Rodrigo se refere às melhores marcas dos atletas. Nas provas individuais, quatro dos cinco competidores já correram bem perto dos 10 segundos: Erick (10s01), Felipe (10s07), Rodrigo (10s04) e Derick (10.10).

O técnico Victor Fernandes afirma que a formação dos competidores para o revezamento nunca é uma conta justa e, por isso, a ausência de Paulo André não alterou o planejamento da temporada. “No programa de revezamento, nós sempre preparamos mais atletas do que a delegação comporta. Em vez de quatro ou cinco, nós trazemos oito atletas para o camping, por exemplo”, diz o especialista.

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Outro trunfo brasileiro é a tradição. Em 2019, o time foi medalha de ouro no Mundial de Revezamentos ao cravar 38s05, dois centésimos na frente do quarteto americano. Além do título, Rodrigo do Nascimento, Derick Silva, Jorge Vides e Paulo André fizeram a melhor marca do ano no mundo naquela temporada. Foi o terceiro melhor tempo da história do Brasil na prova, pior apenas que os 37s90 que asseguram a prata nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000 e os 37s99 que levaram o time à quarta posição do Mundial de 2007.

No Mundial de Oregon, o primeiro objetivo é chegar à final. Para isso, a principal referência é o recorde brasileiro e sul-americano de 37s72 no Mundial de Doha, no Catar, em 2019. Rodrigo e Derick estavam lá. “Correndo nesta marca, nós vamos estar entre os finalistas. Correndo abaixo dessa marca, nós podemos brigar por uma medalha”, projeta Victor Fernandes.

O professor Cleberson Lopes Yamada, especialista em atletismo e técnico nos Jogos do Rio 2016, afirma que a equipe pode compensar o que considera pouco tempo para treinos específicos de passagem do bastão com a experiência individual dos atletas. E adota prognóstico semelhante em relação à chance de medalha. “A equipe do revezamento nunca teve potencial tão grande para quebrar o recorde sul-americano. Se isso acontecer, eles vão brigar por medalha”, analisa.

Gon


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