Revezamento da tocha olímpica começa em Fukushima, no Japão

ROMA, 25 MAR (ANSA) – O revezamento da tocha dos Jogos Olímpicos de Tóquio começou nesta quinta-feira (25) em Fukushima, no Japão, com uma cerimônia mais reservada em decorrência da pandemia do novo coronavírus.   

A tocha das Olimpíadas passará por todas as 47 prefeituras do arquipélago pelos próximos quatro meses. O revezamento só terminará no dia 23 de julho, com a chegada da chama ao Estádio Olímpico de Tóquio para a cerimônia de abertura dos Jogos.   

Durante a abertura do revezamento no J-Village, um símbolo da tentativa de renascimento da região após a tripla catástrofe de 10 anos atrás, a presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto, desejou que a tocha “possa ser uma luz de esperança para o fim de um período de trevas”.   

As autoridades japonesas pediram ao público para limitar as confraternizações durante o revezamento e os portadores da tocha passarão por rigorosos exames médicos.   

“Inspirado nos valores olímpicos de paz e solidariedade, seguiremos com muito entusiasmo o revezamento da tocha. A visão da chama será um momento muito emocionante, não só para o povo japonês, mas também para os milhares de atletas ao redor do mundo, muitos deles veem os Jogos deste ano como uma luz no fim do túnel”, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.   

A zagueira Azusa Iwashimizu, campeã da Copa do Mundo de 2011 e que ainda atua no futebol local, foi a primeira pessoa a conduzir a tocha olímpica. Outras jogadoras do elenco campeão também participaram da cerimônia.   

A segunda portadora da tocha foi Owada Asato, de 16 anos, natural de Fukushima. A partir de agora, a viagem seguirá por todo país e passará por 859 municípios.   

As Olimpíadas de Tóquio deverão acontecer sem a presença de espectadores do exterior, segundo informações dos organizadores do evento. Diversos analistas apuraram que a decisão esfriará o apoio aos Jogos.   

Na última pesquisa realizada pela agência “Kyodo”, apenas 23,2% disseram ser a favor da organização das Olimpíadas, enquanto que 39,8% optariam pelo cancelamento. (ANSA).