O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou na tarde desta sexta-feira, 28, que durante as quatro horas de reunião para tratar do plano nacional de segurança toda a pauta do setor “foi devidamente debatida”. Questionado sobre o clima na reunião, por conta da crise institucional desta semana entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, o ministro da Defesa afirmou que a conversa entre os chefes dos poderes foi num “tom amável”, “extraordinariamente harmônica e colaborativa” e sem nenhum problema interpessoal entre os participantes.

O ministro disse ainda que o presidente do Senado propôs uma CPI para investigar a participação do crime organizado no financiamento das eleições. Jungmann acrescentou que a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, propôs uma base de dados única para que se possa saber a realidade prisional do crime e do delito no Brasil.

Jungmann destacou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, propôs “algo importantíssimo” que é a possibilidade de realizar detenções de criminosos independente das fronteiras. “Isso é fundamental”, disse, ressaltando que no Mercosul esse acordo já existe e precisa ser implementado.

O ministro afirmou que serão criados grupos temáticos com a PGR, o Ministério Público federal, a Defesa, Justiça, que terão metas e se reunirão periodicamente para avaliar o cenário da segurança. Jungmann disse ainda que um dos objetivos é reduzir penas do sistema penitenciário atual e que foram sugeridas, por exemplo, penas alternativas para crimes não dolosos.

“O ministro da Justiça apresentou uma proposta de programa voltado para a segurança pública, evidentemente cooperativa, e o desdobramento será convocar governadores e secretários de Segurança e de Justiça de todo País para promover o desenvolvimento dessa proposta”, disse.

Jungmann afirmou que o ministro Alexandre de Moraes fará anúncio de investimentos no sistema prisional ainda este ano. Segundo ele, serão recursos para “construção de penitenciarias, aparelhos, reforços da polícias”. O ministro não quis falar em valores e disse que quem anunciaria os aportes seria o próprio Moraes.

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