Retorno de Jimmy Kimmel ocorre depois de suspensão que mobilizou celebridades

Tom Hanks, Jennifer Aniston, Meryl Streep, Pedro Pascal, entre outros, mostraram apoio ao apresentador

Chris Pizzello/Invision/AP
O apresentador Jimmy Kimmel discursa no Oscar em Los Angeles em 26 de fevereiro de 2017 Foto: Chris Pizzello/Invision/AP

O ‘Jimmy Kimmel Live!’ volta ao ar nesta terça-feira, 23, uma semana após ter sido suspenso pela ABC. A decisão de interromper temporariamente a produção aconteceu depois que o apresentador fez comentários sobre a exploração política do assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, episódio que desencadeou pressão da Comissão Federal de Comunicações (FCC) sobre a emissora.

Durante o período em que o programa esteve fora do ar, mais de 400 nomes de peso de Hollywood se mobilizaram em defesa de Kimmel e da liberdade de expressão. Uma carta organizada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), assinada por artistas como Tom Hanks, Jennifer Aniston, Meryl Streep e Pedro Pascal, denunciou a suspensão como uma ameaça à Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

“Jimmy Kimmel foi tirado do ar depois que nosso governo ameaçou uma empresa privada com retaliação. Isso marca um momento sombrio para a liberdade de expressão em nossa nação”, dizia o documento.

O gesto de solidariedade reforçou a tradição de Hollywood de se posicionar em momentos de tensão política e destacou a importância simbólica do caso.

Ao mesmo tempo, o episódio evidenciou divisões: enquanto artistas se uniram em defesa do apresentador, figuras da direita, como o senador Ted Cruz e o comentarista Tucker Carlson, também criticaram a atitude da FCC, alertando para os riscos de precedentes de censura que poderiam futuramente atingir conservadores.

Com a confirmação da volta, o Jimmy Kimmel Live! não apenas retoma sua programação normal, mas retorna cercado pelo debate sobre liberdade de expressão e pelo peso da mobilização da comunidade artística em sua defesa.