SÃO PAULO (Reuters) – A elétrica Cemig reportou no segundo trimestre um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima das previsões de analistas da XP Investimentos e do Itaú BBA, devido a melhores desempenhos nas unidades de geração e transmissão (G&T) e trading.

A estatal mineira divulgou na sexta-feira à noite que obteve um lucro líquido de 50 milhões de reais entre abril e junho, queda de 97,4% no comparativo anual, refletindo principalmente uma provisão pela devolução, aos consumidores, de créditos tributários de PIS/Cofins, no valor de 1,4 bilhão de reais.

Excluindo o efeito da provisão, o Ebitda da elétrica alcançou 1,80 bilhão de reais, alta de 37,0%, puxado pelos números da Cemig G&T, que subiram 87,0%.

Em relatório, a XP classificou os resultados trimestrais da elétrica como sólidos, destacando o aumento de 18,4% na energia faturada, juntamente com uma estratégia bem sucedida de alocação de energia que resultou em maior margem.

Já na distribuidora, o banco disse que o desempenho foi neutro, apesar do cenário de pressões inflacionárias e postergação do reajuste tarifário anual.

O Itaú BBA também destacou os resultados fortes nos negócios de G&T e trading de energia, embora a empresa não tenha fornecido mais detalhes sobre sua estratégia de comercialização e balanço energético.

“Apesar dos bons resultados, vemos a companhia sendo negociada a um valuation mais caro do que seus pares”, escreveu o analista do Itaú BBA, Marcelo Sá.

A ação preferencial da Cemig caía 1%, às 11h53 (horário de Brasília), a 12,30 reais.

(Por Letícia Fucuchima)

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