Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel disse nesta sexta-feira (16) que a política monetária precisa continuar restritiva até que a instituição tenha confiança de que a inflação na zona do euro voltará para sua meta oficial de 2% de forma sustentável. A fala de Schnabel veio na mesma linha de comentários feitos pela presidente do BCE, Christine Lagarde, e pelo vice-presidente do banco, Luis de Guindos, nos últimos dias.

Em discurso feito durante evento em Florença, na Itália, Schnabel alertou que o persistente fraco avanço da produtividade, que chegou a ficar negativo recentemente, “exacerba os efeitos que o atual forte aumento dos salários nominais tem sobre os custos unitários do trabalho para as empresas”. Segundo ela, essa situação eleva o risco de que as empresas repassem a alta nos custos salariais aos consumidores, o que “poderia atrasar a volta da inflação à nossa meta de 2%”.

Em meio a expectativas de que o BCE comece a reduzir juros em algum momento deste ano, Schnabel também afirmou que a autoridade monetária precisa ser cautelosa para não ajustar sua política de forma prematura.