São Paulo, 7 – A oferta de caminhões está normalizada no Paraná e o setor agropecuário já não vê restrição de circulação por falta de serviços aos motoristas nas rodovias, disse ao Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o consultor de logística da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo. Segundo ele, a exemplo do outros Estados, o Paraná enfrentou dificuldades com o fechamento de borracharias, restaurantes e outros serviços importantes – quando as medidas de prevenção contra o coronavírus começaram a ser adotadas – mas muitos já reabriram graças à revisão de decretos municipais e ao decreto estadual que os qualifica como atividade essencial.

“De Cascavel a Paranaguá, caminhoneiros tinham muita dificuldade no caminho para se alimentar, tomar um banho etc, mas de uma semana a 10 dias para cá foram tomadas providências, caso contrário correríamos o risco de ter desabastecimento”, disse Camargo.

Segundo ele, a situação está bem administrada. “No Paraná, não temos notícias de dificuldade de transportador sair da sua origem e ir ao seu destino.”

O consultor disse que os fretes no Estado não chegaram a subir de forma expressiva por causa desses problemas. De acordo com ele, os fretes fechados entre comprador e vendedor têm se baseado em contratos mais longos, menos afetados por problemas pontuais de tráfego. “Normalmente as empresas estão utilizando contratos de um ano”, contou.

Camargo lembra que nesta época do ano os fretes giram em torno de R$ 110/130 a tonelada entre Cascavel ou Maringá e o Porto de Paranaguá, considerada a maior demanda por causa do pico de escoamento da safra, contra R$ 80 a R$ 90 por tonelada para os mesmos trechos em setembro e outubro.

O representante da Faep destaca que embarcadores, transportadores, representantes do setor produtivo e de transporte, além de Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), seguem em contato em um grupo no WhatsApp criado para debater demandas que surgem no dia-a-dia sobre logística. “Em caso de algum problema, todo mundo se comunica e são tomadas providências”, disse. “O Porto de Paranaguá montou um aparato para receber o caminhoneiro, com exame médico, orientações e apoio às suas necessidades”, acrescentou.

Segundo ele, não houve paralisação ou redução no ritmo de embarques em Paranaguá, onde mais de 70% das cargas movimentadas chegam ou saem por caminhões.