Arqueólogos mexicanos encontraram vestígios que datam mais de 200 anos em águas do estado caribenho de Quintana Roo, informou nesta terça-feira (26) o Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH).

Os restos, incluindo uma âncora, um canhão e lingotes de ferro usados como lastro, correspondem aos de um barco à vela inglês do final do século XVIII ou início do século XIX, segundo o comunicado.

“Os arqueólogos subaquáticos imaginam que a tripulação daquele navio havia feito um último esforço para evitar a catástrofe”, divulgou o INAH.

Os especialistas chegaram a essa conclusão a partir da âncora, que seria lançada ao mar “com a intenção de se prender à barreira de corais”, onde permanece até hoje.

O naufrágio foi chamado de “Manuel Polanco”, em homenagem a um pescador octogenário que o encontrou e denunciou ao INAH.

Este é o 70º naufrágio registrado na Reserva da Biosfera do Banco Chinchorro, uma ilha oceânica de corais localizada a cerca de 24 quilômetros da costa sul de Quintana Roo.

Laura Carrillo Márquez, pesquisadora do INAH e diretora do Projeto Banco Chinchorro, não soube detalhar as dimensões do veleiro, do seu carregamento e outras informações, uma vez que a área em que foram encontrados os vestígios é de difícil acesso.

“Situa-se diretamente na barreira de corais, onde a corrente oceânica é forte”, explicou a especialista, citada no comunicado.

O INAH afirmou que essa descoberta, junto à de outros veleiros, navios a vapor, navios mercantes e rebocadores de diferentes nacionalidades e épocas, torna possível conhecer mais a respeito dos últimos 500 anos de navegação em águas das Américas.