18/01/2024 - 14:06
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos identificou, em um relatório divulgado nesta quinta-feira (18), “falhas críticas” da polícia do Texas, que demorou a intervir em um tiroteio em uma escola em 2022, no qual morreram 19 crianças e dois professores.
Os investigadores “identificaram várias falhas críticas”, indica o relatório, e a “mais significativa foi que os policiais que responderam deveriam ter reconhecido imediatamente que se tratava de um caso de atirador ativo”.
A resposta ao massacre de 24 de maio de 2022 na escola fundamental Robb “foi um fracasso”, conclui o documento de mais de 550 páginas.
“As dolorosas lições detalhadas neste relatório não pretendem exacerbar uma situação já trágica”, precisa.
A polícia de Uvalde tem sido investigada por suspeitas de que os agentes esperaram mais de uma hora do lado de fora da sala onde ocorreu o ataque e não fizeram nada enquanto as crianças caíam mortas ou agonizavam em seu interior.
Os 19 agentes presentes esperavam a ação de uma unidade especializada apesar dos muitos chamados das pessoas que estavam dentro das salas, incluindo o de uma criança que suplicava: “Por favor, mandem a polícia agora”.
O relatório denuncia uma “sequência de falhas de comando, de tomada de decisões, de tática, de política e de treinamento que contribuíram para os erros e fracassos”.
“O atirador foi morto aproximadamente 77 minutos após a chegada dos primeiros policiais”, destacam os autores do estudo, elaborado a partir de 260 entrevistas e nove visitas, segundo o documento.
Os ataques a tiros em escolas se tornaram comuns em um país onde cerca de um terço dos adultos possuem arma de fogo e as normas não são rígidas para a compra até mesmo de potentes rifles.
Pesquisas indicam que uma maioria é a favor de controles mais rígidos para uso e compra de armas, mas grupos contrários são muito influentes e a Justiça invoca o direito constitucional de portá-las.
Em junho de 2022, os defensores de uma reforma obtiveram uma vitória limitada com a aprovação de uma legislação que exige verificações mais estritas dos antecedentes dos compradores jovens.
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