Os socorristas que atuam no resgate da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, na Ilha de Lombok, na Indonésia, conseguiram se aproximar do ponto onde a jovem está nesta terça-feira, 24. Os trabalhos, entretanto, foram interrompidos após escurecer. A equipe montou um acampamento temporário no local.
A atualização da operação foi divulgada no perfil do Parque Nacional do Monte Rinjani.
“Felizmente, esta tarde, sete socorristas conseguiram se aproximar do ponto da vítima, mas tiveram que montar um acampamento temporário no local, já que estava começando a escurecer. Enquanto isso, os testes de suporte aéreo por helicóptero não foram totalmente bem-sucedidos devido à neblina densa ao redor do local”, diz a postagem no Instagram.
Ainda de acordo com o comunicado do parque, as atividades foram focadas na descida direta para o local da vítima usando técnicas de resgate vertical, embora o terreno íngreme e o clima ainda representem grandes desafios.
“Uma alternativa para a execução da evacuação, se ainda houver impedimentos, é realizar a evacuação através da rota do Lago Segara Anak.”
Juliana Marins, de 27 anos, caiu durante trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia. Por conta das condições climáticas, o helicóptero não conseguiu chegar ao local onde a turista brasileira está.
Uma coletiva de imprensa sobre as buscas foi realizada na manhã desta terça. “Confirma-se a impossibilidade de seguir com helicóptero pela condição climática atual”, disse a família de Juliana por meio de publicação feita pelas redes sociais nesta terça.
“Há dois helicópteros de resgate (um em Sumbawa, outro em Jacarta) de sobreaviso aguardando a confirmação do espaço aéreo para poder decolar e iniciar o plano de voo”, publicou.
Além da demora para ter iniciado o resgate, conforme questionou a família da jovem, a condição climática, com a presença de muita neblina, também tem interrompido a realização do resgate.
Embarque para Bali
Por meio do seu perfil no Instagram, na manhã desta terça-feira, o pai de Juliana, Manoel Marins, informou que estava embarcando para Bali. “Graças a Deus, estamos embarcando agora para Bali. São aproximadamente 10 horas de voo”, disse.
Ele decidiu viajar rumo à Indonésia para acompanhar a operação no local. Na segunda-feira, 23, enfrentou dificuldades em Lisboa, em Portugal. Isso porque para chegar à Indonésia o voo precisa passar por Doha, no Catar, mas o aeroporto de lá estava fechado, por causa dos ataques do Irã e uma base militar dos Estados Unidos.
Fechamento do parque
Para colaborar com a operação de resgate e manter a segurança dos visitantes, o Parque Nacional do Monte Rinjani anunciou que a rota para o pico Rinjani foi temporariamente fechada.
“Solicitamos a compreensão e cooperação de todas as partes para a suavidade destes esforços humanitários. Informações oficiais sobre a abertura do caminho serão comunicadas por meio do canal de comunicação do Parque Nacional Monte Rinjani”, informou por meio de publicação no perfil do parque no Facebook.
“As autoridades do parque vieram nos confirmar que fecharam o último trecho da trilha, onde estão sendo realizadas as operações de resgate”, disse também a família de Juliana por meio de publicação nesta terça-feira.
Por meio das redes sociais, o Parque Nacional do Monte Rinjani também informou sobre a dificuldade de acesso. “O helicóptero não pode acessar a parte de cima, devido a problemas climáticos”, publicou.
A operação de resgate é conduzida pela Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas) e também conta com o apoio de diversas equipes como o Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, que tem publicado informações também sobre os trabalhos de busca e resgate.
Juliana caiu em uma área de difícil acesso, enquanto fazia uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, por volta das 4h da manhã do último sábado, 21, noite de sexta-feira, 20, pelo fuso do Brasil. A trilha é conhecida por sua beleza, mas também por seus desafios e riscos naturais.
Na segunda-feira, 23, a equipe conjunta de Busca e Salvamento publicou nas redes sociais que havia localizado a jovem. “O chefe do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, Muhamad Hariyadi, disse que a vítima foi encontrada pela manhã de segunda (horário de Brasília), a aproximadamente 500 metros do ponto inicial da queda”, consta na publicação.
Ainda de acordo com a mensagem, a equipe conjunta de Busca e Salvamento conseguiu encontrar a turista com a visualização térmica do drone.
“Com base no monitoramento do drone, a vítima não se movia. Atualmente, a equipe conjunta de Busca e Salvamento continua trabalhando arduamente para resgatar a jovem, que caiu a centenas de metros de profundidade. Estamos limitados pelo terreno extremo e com neblina ao redor do local do incidente”, publicou.
Ainda nesta segunda-feira, o perfil nas redes sociais criado pela família havia divulgado que dois alpinistas bem experientes estavam a caminho do local de desaparecimento de Juliana.