A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou, nesta quarta-feira (15), que as reservas de urânio enriquecido do Irã excedem em mais de 22 vezes o limite estabelecido pelo acordo alcançado em 2015 entre a República Islâmica e as potências mundiais.

Conforme relatório da agência da ONU consultado pela AFP, as reservas totalizaram 4.486,8 kg em 28 de outubro (acima dos 3.795,5 kg em meados de agosto), excedendo em 22 vezes os 202,8 kg firmados no acordo de 2015. Esse pacto limitava as atividades atômicas do Irã em troca da suspensão das sanções internacionais.

O organismo também criticou a decisão do Irã de proibir o acesso de vários de seus inspetores às suas instalações, o que afetou “direta e gravemente” sua capacidade de controlar seu programa nuclear.

Essa medida “sem precedentes” é “extrema e injustificada”, condenou a agência no relatório.

Segundo uma fonte diplomática, oito especialistas, entre eles franceses e alemães, estão vetados.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, recebeu nesta quarta-feira uma resposta de Teerã, defendendo seu “direito” de revogar a acreditação dos inspetores, embora tenha dito que pretende “explorar as possibilidades” de reverter sua decisão.

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