O ex-governador e ex-senador Roberto Requião, sem mandato, quer voltar ao Poder em grande estilo ano que vem, e sempre polêmico.

Após 40 anos no MDB, do qual se desfiliou, pode se filiar ao PT – ou outro partido de centro-esquerda – e quer ser o candidato de Lula da Silva ao governo do Paraná. Sua assessoria confirma que Requião avalia convites de partidos, e que a filiação ao PT não é certa, ainda. Mas que é garantida a disputa ao Governo.

Inconformado com o desdém dos petistas pelo que considera seu potencial eleitoral de recall, Requião mandou recado para Lula através da namorada Janja, e criticou a indiferença da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, sua amiga desde os tempos em que ela era líder estudantil e, ele, político em mandato.

Requião é boquirroto, mas mão firme no trato político. Ele quer ser o nome de Lula contra a coalizão da chapa de Sergio Moro e Alvaro Dias no Estado. E tem munição.

Se Requião entrar no PT, falta aparar arestas. Petistas dilmistas não esquecem o cartão de aniversário que ele enviou para a então presidente, assinado pelo seu motorista do Senado, numa retaliação pelo fato de Dilma ter mandado um chefe de gabinete lhe telefonar no dia do seu aniversário.