O partido republicano solicitou que o filho do ex-vice-presidente Joe Biden seja chamado para testemunhar na investigação do julgamento político contra o presidente dos EUA, Donald Trump, na tentativa de defender o presidente.

Trump acusou Biden de corrupção pelo papel de Hunter, filho do ex-funcionário, como diretor da empresa de energia ucraniana Burisma quando seu pai cumpriu seu mandato durante a presidência de Barack Obama.

O republicano Devin Nunes, membro do comitê de inteligência da Câmara dos Deputados que está conduzindo as audiências de investigação, disse que Burisma paga a Hunter Biden 50.000 dólares por mês para ocupar uma cadeira em seu conselho de administração.

“As experiências em primeira mão de Hunter Biden com Burisma podem ajudar o público americano a entender a natureza e a extensão da corrupção generalizada na Ucrânia”, escreveu Nunes.

Trump rejeitou as alegações de abuso de poder depois de pressionar o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a investigar e buscar informações que poderiam comprometer Biden, principal candidato a ganhar a indicação do Partido Democrata e competir nas eleições de 2020.

Nunes criticou o que chamou de “farsa” e afirmou que o testemunho de Hunter Biden aumentaria a transparência em um “processo opaco e injusto”.

Além disso, solicitou que o informante, de identidade oculta, que relatou a comunicação entre Trump e Zelenski, fosse chamado como testemunha.

Os democratas, que controlam a Câmara dos Deputados, devem aprovar as sugestões de testemunhas republicanas, mas espera-se que rejeitem esses pedidos.

Até agora, mais de uma dúzia de testemunhas parecem ter apoiado amplamente as acusações dos democratas, os quais acusam Trump de ter condicionado a ajuda militar à Ucrânia para que seu presidente concordasse em investigar Biden.

As audiências do julgamento político foram realizadas a portas fechadas, mas a partir da próxima semana elas serão públicas.