Os republicanos no Congresso dos Estados Unidos deram o primeiro passo nesta quinta-feira (22) para abrir uma possível investigação que leve a um processo de impeachment contra o presidente Joe Biden, uma demanda da ala trumpista.

Os legisladores responsabilizam o líder democrata pela “invasão” na fronteira entre Estados Unidos e México por causa de sua política migratória.

A Constituição americana estabelece que o Congresso pode acusar o presidente de “traição, corrupção ou outros delitos e faltas graves”.

Biden “colocou em perigo a segurança dos Estados Unidos e a saúde do povo americano”, argumenta nos artigos de acusação a congressista republicana do Colorado Lauren Boebert, que considera que isso é razão suficiente para destitui-lo.

No entanto, um processo formal de impeachment é pouco provável neste momento por falta de apoio político.

Parte da oposição republicana se recusa a entrar nesse terreno, pois teme que o procedimento se transforme em um exercício puramente partidário.

Ao invés de votarem diretamente sobre a abertura de um processo de impeachment, os republicanos na Câmara preferiram ter nesta quinta-feira uma votação preliminar no comitê, o que frustrou a iniciativa da ala trumpista.

Os democratas são contrários à investigação que pode levar à abertura de um processo de impeachment.

Nunca na história dos Estados Unidos um presidente foi destituído. Três passaram por processos de impeachment: Andrew Johnson em 1868, Bill Clinton em 1998 e Donald Trump em 2019 e 2021. Porém, no final, todos acabaram absolvidos.

Para evitar um procedimento similar no Congresso, Richard Nixon preferiu renunciar em 1974, depois que veio à tona o escândalo de Watergate.

cjc/cha/ag/dga/rpr/am