Os centros eleitorais abriram neste domingo (5) na República Dominicana para eleger um novo presidente e parlamento, anunciaram as autoridades eleitorais.

“Respeitando o distanciamento social, exerçam no dia de hoje seu direito ao voto”, disse o presidente da Junta Central Eleitoral (JCE), Julio César Castaños, ao iniciar formalmente as eleições.

No sábado foram registrados 1.036 novos casos de COVID-19 na República Dominicana, o maior aumento em 24 horas desde o primeiro caso confirmado, em 1o de março. Até o momento, existem na ilha caribenha -de 10,5 milhões de habitantes- 36.184 casos do vírus e 786 mortes.

Neste domingo os centros eleitorais abriram às 07H00 locais (08H00 no horário de Brasília) e fecharão às 17H00 (18H00).

As eleições estavam inicialmente previstas para 17 de maio, mas as autoridades eleitorais decidiram adiá-las devido à COVID-19.

O opositor Luis Abinader, recém recuperado do coronavírus, e o candidato do partido do governo, Gonzalo Castillo, são os favoritos para ganhar a presidência.

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As principais pesquisas projetam Abinader como vencedor, candidato pelo social-democrata Partido Revolucionário Moderno (PRM), sobre Castillo, embora não necessariamente com 51% dos votos necessários para ser proclamado em primeiro turno. Um eventual segundo turno está marcado para 26 de julho.

Competem outros quatro candidatos: o ex-presidente Leonel Fernández (1996-2000, 2004-2008 e 2008-2012) por um partido próprio que fundou após romper com o PLD, Força do Povo; e Guillermo Moreno, Ismael Reyes e Juan Cohen por outros partidos políticos minoritários.

Um total de 7,5 milhões de dominicanos estão convocados às urnas para eleger presidente, vice-presidente, 32 senadores, 190 deputados e 20 representantes no Parlamento. Cerca de 600.000 eleitores (7,9% do padrão eleitoral) estão habilitados no exterior.

– “Evitar as aglomerações” –

O chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), Eduardo Frei, pediu aos eleitores que votem “cedo para evitar as aglomerações”.

As eleições dominicanas serão supervisiondas por 151 observadores internacionais, informou a Junta Central Eleitoral.

A COVID-19 mudou completamente a dinâmica típica de uma campanha eleitoral no país. A declaração de emergência nacional devido ao coronavírus, vigente até 30 de junho, evitou grandes atos de campanha políticas.

No entanto, após o fim do estado de exceção, o governo de Danilo Medina permitiu que os candidatos se reunissem com centenas de apoiadores no final da campanha.

O ministro da Saúde Pública, Rafael Sánchez Cárdenas, reconheceu nesta semana que foi difícil controlar as aglomerações no contexto eleitoral. Mas sua expectativa é que, quando as votações deste domingo terminarem, a situação da saúde não entre em colapso e o país esteja “em capacidade de responder”.


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