O governo da República Dominicana informou nesta quarta-feira (6) que negou que o avião do primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, tenha pousado na ilha pois ele pretendia fazer uma “escala indefinida” no país.

O premiê, que estava no exterior quando eclodiu uma nova onda de violência no Haiti que levou ao decreto de estado de emergência, acabou pousando em Porto Rico. Ainda não se sabe se Henry permanece nesta ilha.

“Os governos do Haiti e Estados Unidos consultaram, de maneira informal, a República Dominicana sobre a possibilidade de que a aeronave que transportava o primeiro-ministro Henry de volta ao seu país pudesse ter feito uma escala indefinida em território dominicano”, disse um comunicado oficial lido pelo porta-voz Homero Figueroa.

“Nas duas ocasiões, o governo dominicano comunicou a impossibilidade de tal escala sem receber um plano de voo definido”, acrescentou.

Henry estava no Quênia para assinar um acordo para enviar forças policiais ao Haiti, no âmbito de uma missão internacional apoiada por Washington e pela ONU. Posteriormente, visitou Nova York, segundo autoridades de Santo Domingo.

O canal dominicano CDN reportou que o primeiro-ministro do país aterrissou em Porto Rico após seu desembarque ter sido negado na República Dominicana.

Considerado o país mais pobre do continente americano, o Haiti enfrenta uma grave crise de segurança com gangues que ameaçam iniciar uma guerra civil caso Henry não renuncie.

No poder desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021, o premiê deveria ter deixado o cargo em fevereiro, mas que se recusa a convocar novas eleições.

A situação levou a um aumento da presença militar dominicana na fronteira com o Haiti.

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