11/05/2021 - 18:22
Depois do Chelsea, o Tottenham prometeu nesta terça-feira que seus torcedores serão representados na diretoria, três semanas após a revolta da torcida dos principais clubes ingleses devido à adesão ao projeto da Superliga.
O clube londrino anunciou que “uma comissão consultiva composta por representantes escolhidos entre os nossos torcedores” será lançada em breve.
O presidente desta comissão será “representante da diversidade” dos torcedores do Tottenham e terá o título de “membro não executivo do conselho de administração”, sem poder de decisão.
Há uma semana o Chelsea anunciou que três representantes dos seus torcedores, eleitos todos os anos e por uma temporada, poderão assistir à maioria das reuniões do seu conselho de administração, sem direito a voto”, para que o sentimento geral dos torcedores seja levado em consideração nos processos de tomada de decisão do clube”.
Há três semanas, 12 grandes clubes europeus, incluindo seis ingleses, anunciaram a criação de uma Superliga, um torneio privado semifechado que rapidamente provocou a oposição de torcedores, autoridades do futebol e dos próprios governos.
Esta forte oposição ao torneio dissidente, que competiria diretamente com a atual Liga dos Campeões da Uefa, levou a maioria dos clubes fundadores a se retirar do projeto apenas 48 horas após o anúncio da nova Superliga.
Os torcedores do Chelsea se mostraram particularmente irritados com o projeto, realizando um protesto em Stamford Bridge antes de uma partida contra o Brighton, bloqueando a entrada dos ônibus que levavam as duas equipes ao estádio, apenas umas horas antes da entidade anunciar sua retirada do projeto.
Agora o projeto é apoiado apenas por Real Madrid, Barcelona e Juventus.
O Tottenham esclareceu nesta terça-feira em seu comunicado que espera que a Superliga não seja apresentada como “fechada”, “sim em um quadro de negociação para consultas posteriores”.
“Apresentamos as nossas sinceras desculpas” aos torcedores, acrescentou.
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