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Novas informações com o repórter João Loes diretamente do Fórum de Santana (26/03/2010, 21h48)

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A repórter Fabiana Guedes entrevista a avó materna, Rosa Cunha de Oliveira, e Antônio Nardoni, pai de Alexandre
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A repórter Natália Leão traz notícias sobre a forte manifestação dos populares presentes na frente do Fórum de Santana (26/03/2010, 20h53)

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Direto do Fórum de Santana, a repórter Natália Leão traz novas informações sobre a movimentação de populares no local (26/03/2010, 20h)

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Ouça o relato da repórter Greice Rodrigues, que entrevistou Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre

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Cobertura do caso Isabella: direto do Fórum de Santana, a repórter Patrícia Diguê traz as últimas notícias do julgamento do casal Nardoni (26/03/2010, 16h30)

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Cobertura do caso Isabella: direto do Fórum de Santana, a repórter Patrícia Diguê traz as últimas notícias do julgamento do casal Nardoni (26/03/2010, 14h35)

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Cobertura do caso Isabella: direto do Fórum de Santana, a repórter Rachel Costa traz as últimas notícias do julgamento do casal Nardoni (26/03/2010, 12h30)

O 2.º Tribunal do Júri de São Paulo condenou, nesta madrugada, o casal Alexandre Nardoni, de 31 anos, e Anna Carolina Jatobá, de 26, pela morte de Isabella Nardoni, de 5, em março de 2008. Diante da decisão dos jurados, o juiz Maurício Fossen definiu as penas dos réus: 31 anos, 1 mês e 10 dias para o pai da menina e 26 anos e 8 meses para a madrasta. A defesa já recorreu, mas o casal continuará preso.

O casal Nardoni foi condenado por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, sem defesa para a vítima e para assegurar impunidade em outro crime), além de fraude processual. Por esse crime, Nardoni e Anna Jatobá pegaram, cada um, mais 8 meses de prisão em regime semiaberto. Na sentença, Fossen afirmou que as penas ficariam acima da base definida no Código Penal em razão da "culpabilidade" do casal e das circunstâncias, em que os réus, disse, demonstraram "frieza emocional e insensibilidade acentuada".

Os dois choraram no anúncio da sentença, principalmente Anna Jatobá, que limpava as lágrimas com as algemas. Ela ficará detida em regime fechado pelos próximos 9 anos, quando terá cumprido dois quintos da pena e poderá pedir o semiaberto. Nardoni terá de cumprir 11 anos de prisão antes de poder requerer o mesmo benefício.

Júri

A reunião dos sete jurados para decidir o veredicto começou por volta das 22h20 de sexta-feira, em uma sala do Fórum de Santana, na zona norte, onde desde segunda-feira acontecia o julgamento. Eles tiveram de responder a 30 perguntas feitas pelo juiz, 15 sobre a participação de Nardoni no crime e outras 15 sobre a madrasta de Isabella. Duas horas depois, o juiz leu a sentença. Em frente ao Fórum, cerca de 250 pessoas acompanhavam o fim do julgamento e comemoraram.

Houve confusão na saída do casal do Fórum. Algumas pessoas avançaram sobre os carros que levavam os Nardoni. A polícia teve de usar spray de pimenta para dispersar a multidão. O casal passa a noite em São Paulo. Nardoni, no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, e Anna Jatobá na Penitenciária Feminina do Carandiru. Na manhã de sábado, devem seguir para as penitenciárias em Tremembé, no interior paulista, onde já estavam presos.

Pela manhã, o confronto entre a defesa e a acusação revelou cartas guardadas. Cembranelli chamou os réus de mentirosos e o advogado Podval comparou o caso ao da menina Madeleine.

Veredicto

Após cinco dias de julgamento, às 0h28 deste sábado, o juiz Maurício Fossen declarou Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá culpados pelo assassinato da menina Isabella, de cinco anos, em 29 de março de 2008. O casal foi condenado por homicídio triplamente qualificado e fraude processual. Alexandre terá que cumprir 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. Anna Carolina recebeu uma pena de 26 anos e 8 meses.
 

Os carros que transportaram o casal de volta à cadeia foram atacados por populares, segundo o repórter Alan Rodrigues, de IstoÉ, que estava no Fórum de Santana. Aos gritos de "lincha", a multidão tentou tombar os veículos, e a polícia jogou bombas de gás lacrimogênio para controlar a situação.

Minutos depois, o promotor Francisco Cembranelli passou a dar uma entrevista coletiva.

Júri

Os sete jurados do julgamento do casal Nardoni estão reunidos neste momento para decidir se os réus são ou não culpados pela morte de Isabella. A decisão deve sair por volta das 22h20. Em seguida, o juiz Maurício Fossen terá uma hora para elaborar a sentença final.


Tréplica

O advogado de defesa do casal Nardoni, Roberto Podval, utilizou apenas 45 minutos das duas horas disponíveis para a tréplica. Em seguida, o julgamento foi interrompido para uma pausa para o jantar, que deve durar até as 22h. Depois, o júri terá uma hora para reunir-se e chegar a um veredicto. Por fim, o juiz Maurício Fossen terá mais uma hora para realizar a sentença.  

Durante a primeira parte da réplica da acusação, o promotor Francisco Cembranelli afirmou que Anna Carolina Jatobá, acusada de participar da morte de Isabella Nardoni, "é um barril de pólvora prestes a explodir." Ele voltou a acusar a ré de ter agredido a vítima por ciúmes. A decisão dos jurados deve sair à 1h deste sábado.

Defesa

O advogado criminalista Roberto Podval, que defende os Nardonis, encerrou sua parte no debate dizendo que, se a imprensa e a sociedade tivessem outra postura no caso, o destino do casal poderia ser outro. "Se não houvesse essa loucura toda (olha para os jornalistas da sala), eles seriam absolvidos, porque não há provas. Eles entraram condenados sem serem julgados." Antes disso, ele já havia reforçado: "Aí nossa sociedade clama por justiça. Pobre da nossa sociedade."

Ele também citou o caso de Madeleine McCann, que aos 5 anos desapareceu quando visitava Portugal com os pais. Em determinado ponto da investigação, eles foram colocados como suspeitos.

Por volta das 16h50, o advogado terminou sua parte citando uma frase de Chico Xavier. "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos fazer um novo fim", afirmou ao júri. Às 17h46, começou a réplica da acusação.

Cembranelli

Durante a segunda parte de sua exposição no quinto dia de julgamento do caso Isabella, o promotor Francisco Cembranelli continuou calcado na cronologia e na perícia para colocar o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá na cena do crime. Ele alegou que o depoimento dos réus não faz sentido. "No momento em que o casal estava lá dentro (do apartamento) é que ela foi defenestrada. Isso é prova científica, senhores jurados. Não cabe contestação", disse ele, usando a maquete para ilustrar seus argumentos.

O advogado de defesa, o criminalista Roberto Podval, usou dois apartes formais – interrupções dentro do código – para criticar a perícia e perguntar sobre as provas, que, segundo ele, não existem. "Como a defesa não pode discutir a perícia, vão dizer que a perita não presta", rebateu o promotor. Cembranelli traçou um perfil psicológico de Anna Carolina Jatobá, dizendo que ela é uma pessoa "perturbada, cansada e dependente financeiramente da família do marido". Após o encerramento da explanação do promotor, o juiz decretou, às 13h05, recesso de 1 hora para o almoço. Na volta, será a vez da defesa falar.

Na primeira parte do debate entre defesa e acusação, Cembranelli afirmou que o casal Nardoni estava no apartamento quando Isabella, então com 5 anos, foi atirada pela janela do sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008. "Eles (Alexandre e Anna Carolina) estavam no apartamento quando Isabella foi jogada", disse Cembranelli, ao comparar as ligações telefônicas entre vizinhos e polícia no dia do crime.
 

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Ontem, no quarto dia de julgamento, a defesa do casal Nardoni adotou um discurso menos confiante ao fazer um prognóstico do resultado. "Eu entrei aqui dizendo que era uma causa praticamente perdida. Eu entrei aqui dizendo que os jurados vieram para condená-los", disse o advogado de defesa, Roberto Podval. "Eu não tenho falsas expectativas."

Reforço

O número de policiais militares que fazem a segurança em frente ao fórum deve aumentar no período da tarde. Segundo a Polícia Militar (PM), 34 policiais estão no local e outros policiais farão parte do efetivo para garantir a segurança dos presentes a partir das 16 horas, se estendendo até a noite. O número de agentes ainda não foi divulgado.

Atraso

A retomada do julgamento do casal Nardoni marcada para as 9 horas de hoje foi adiada para as 10 horas, segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O motivo não foi divulgado. Neste quinto dia de júri serão feitos debates entre a defesa do casal e a promotoria. A sentença condenando ou não Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pode sair ainda hoje.

Chegada

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá já chegaram ao Fórum de Santana, no bairro Limão, zona norte de São Paulo, para o quinto dia de julgamento do caso Isabella. A expectativa é que o júri termine até a madrugada de sábado, com a leitura da decisão dos sete jurados que fazem parte do conselho de sentença. Se for condenado, o casal pode pegar mais de 30 anos de prisão – o pai de Isabella está sujeito a uma pena maior do que a madrasta, por ter cometido um crime contra um descendente.

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Alexandre chegou por volta das 8h30 ao Fórum de Santana, no bairro Limão, zona norte de São Paulo, para o quinto dia de julgamento. Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, chegou às 8h08. O casal Nardoni é acusado de homicídio doloso (quando há intenção de matar) com três qualificadoras, que podem agravar a pena final. São elas: meio cruel (asfixia); recurso que impossibilitou a defesa da vítima (jogá-la inconsciente pela janela); e assegurar impunidade de outro crime (o casal teria jogado a menina para ficar impune do que havia feito no apartamento).

Em frente ao prédio onde ocorre o julgamento – previsto para recomeçar às 9 horas -, a grande movimentação de curiosos e estudantes de direito era notada desde a madrugada.

Saiba mais:

– Clique para acessar a cobertura completa do 4º dia do julgamento do casal Nardoni

– Clique para acessar a cobertura completa do 3° dia do julgamento do casal Nardoni

– Clique para acessar a cobertura completa do 2° dia do julgamento do casal Nardoni

– Clique para acessar a cobertura completa do 1º dia do julgamento do casal Nardoni