Carlos Nuzmann
Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro
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Faltam cinco anos para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Carlos Arthur Nuzmann, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, porém, segue na luta para o País não fazer feio em 2016. Para maio, está programada a ampliação do Centro de Treinamento Time Brasil, que ocupa uma área do Autódromo do Rio. Além das instalações reservadas ao tae kwon do, inauguradas em dezembro passado, serão viabilizados no local um centro para o levantamento de peso e outro para a ginástica artística. O Laboratório Olímpico, responsável pela medicina e ciência do esporte, também passará a funcionar. Estarão nas mãos do COB, este ano, cerca de R$ 130 milhões e a esperança do povo na formação e capacitação de mais atletas.

José Sarney
Presidente do Senado
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O maranhense José Ribamar Sarney de Araújo Costa é um homem de sorte. Os ventos sempre sopraram a seu favor. Aos 80 anos de idade e 56 de vida pública, ele enfrentou várias crises, mas sobreviveu a todas. Hoje, ele é o político mais antigo em atividade no Congresso Nacional. Em fevereiro deverá ser reconduzido por mais dois anos à cadeira mais importante da Câmara Alta. A exemplo do que fez com Lula, vai se desdobrar para aprovar os projetos de interesse do governo Dilma Rousseff. No Senado, é uma peça-chave da chamada governabilidade.

 

José Dirceu
Ex-ministro da Casa Civil
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O ex-deputado José Dirceu desceu à planície, depois de ser um dos homens mais fortes do governo Lula, à frente da Casa Civil. Teve seus direitos políticos cassados, mas não perdeu o prestígio e a influência no PT. Em 2011, ao mesmo tempo em que lutará pela absolvição no processo do mensalão, em tramitação no STF, Dirceu continuará atuando nos bastidores petistas para influir nos rumos da legenda e garantir a sustentação política do governo Dilma. Espaço não lhe faltará. A certeza de que Dirceu continuará dando as cartas está associada ao fato de que um de seus principais aliados, o deputado Luiz Sérgio, ocupou o Ministério de Relações Institucionais, encarregado do meio-campo com a base aliada no Congresso.

 

Mahmoud Ahmadinejad
Presidente do Irã
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O polêmico presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad permanecerá em 2011 como uma das figuras centrais do complexo imbróglio que envolve o Oriente Médio há décadas. Não bastassem as frases bombásticas que esse ex-prefeito de Teerã costuma soltar à menor provocação, a questão sobre o desenvolvimento de tecnologia nuclear pelo país muçulmano permanece na ordem do dia dos países aliados à Israel. EUA e boa parte das potências europeias acusam o Irã de estar criando a infraestrutura necessária para a fabricação de bombas nucleares, enquanto o país garante que pretende apenas fazer uso pacífico do urânio que está enriquecendo em suas usinas. Ao longo de 2011 Ahmadinejad deve enfrentar uma forte pressão para cessar seu programa nuclear e corre o risco de ver as ameaças de ataques preventivos às suas instalações nucleares se tornarem realidade. Se isso de fato acontecer, como vem defendendo Israel, a situação na complicada região terá desdobramentos imprevisíveis.

 

Fernando Pimentel
Ministro do Desenvolvimento
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Amigo da presidente Dilma Rousseff desde os tempos da militância estudantil, Fernando Pimentel assumiu o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que em 2011 terá a difícil tarefa de impulsionar as exportações brasileiras num cenário internacional prejudicado pelo protecionismo e a guerra cambial. Economista formado pela PUC-MG e professor licenciado do Departamento de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais, Pimentel terá que agir de forma mais agressiva na busca por novos mercados e tentar reduzir impostos para diminuir o custo do produto brasileiro em relação aos concorrentes. Um de seus primeiros desafios será implementar a segunda fase da chamada Política de Desenvolvimento Produtivo, que prevê a redução dos gargalos na logística e a desoneração tributária das exportações em algumas cadeias produtivas. Com acesso direto ao gabinete de Dilma, Pimentel terá carta branca para reverter a tendência de queda do saldo da balança comercial e executar medidas de proteção à indústria nacional.

 

 

Raúl Castro
Presidente de Cuba
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Mudar, reformar e avançar. Esses são os verbos mais prometidos para Cuba em 2011. É grande a aposta de que nos próximos meses o governo da ilha caribenha, há 51 anos sob o regime socialista, aprofundará mudanças estruturais na economia, no campo político e religioso. As transformações do “mais perfeito socialismo”, como dizem os cubanos, começaram há dois anos e tendem a abrir as portas do país para um novo ciclo de desenvolvimento. À frente desse processo está o irmão de Fidel Castro, o presidente Raúl Modesto Castro Ruz, 79 anos.

 

Joaquim Barbosa
Ministro do STF
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As expectativas no meio político em 2011 estarão voltadas para a caneta do ministro Joaquim Barbosa, do STF. Caberá a ele finalizar um dos mais complexos processos da história do Judiciário brasileiro, o do mensalão do PT, que já acumula 70 mil folhas. A intenção de Barbosa é levar os 39 réus a julgamento o mais rápido possível, entre o fim de 2011 e o início de 2012, para que alguns crimes não prescrevam. O julgamento do mensalão do PT poderá levar à redenção ou ao ostracismo políticos como José Dirceu, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o chefe de uma organização criminosa que desviou dinheiro público em troca de apoio parlamentar ao governo.

 

Timothy Geithner
Secretário do Tesouro dos EUA
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Quando assumiu em 2008 como secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner já tinha experiência de sobra. Desde 2003 ele é também o presidente do Federal Reserve de Nova York, o que o torna vice-presidente do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve. Desde a falência de grandes bancos americanos, o secretário tem feito o possível para impedir o aumento da desvalorização da moeda de seu país. Em outubro de 2010 escreveu uma carta ao G20 no encontro na Coreia do Sul. Pediu que as nações controlassem a especulação financeira, principalmente em países em desenvolvimento como a China. Com temperamento diplomático e especialista em mercados financeiros, Geithner é um dos principais criadores das medidas de exceção tomadas pelo FED para reativar a economia dos EUA.

 

Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel
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Enquanto Benjamin Netanyahu acena com acordos de paz entre israelenses e palestinos, a comunidade internacional mantém-se cética nessa questão. Como ministro das Finanças no governo de Ariel Sharon, Netanyahu renunciou após o então premiê planejar a desocupação israelense da Faixa de Gaza. Retornou ao posto de primeiro-ministro em 2009, numa coalizão que deu força ao espectro político direitista israelense.

 

Hugo Chávez
Presidente da Venezuela
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Hugo Chávez continua sendo visto como uma ameaça à democracia na América Latina, mas sofreu desgaste político com a recente perda da maioria parlamentar: foi a sua primeira grande derrota, que se deu em 2010, quando o seu Partido Socialista Unido da Venezuela perdeu os dois terços que garantiam a aprovação de suas leis. Tudo indica, no entanto, que os caminhos preconizados por Chávez para a “revolução bolivariana” vão continuar em 2011 – e a democracia permanecerá ameaçada no país. Sob o pretexto das chuvas que deixaram 130 mil desabrigados, ele votou medida que lhe dá o direito de governar por decreto nos próximos 18 meses.

 

Cristina Kirchner
Presidente da Argentina
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Depois da morte de Néstor Kirchner, seu marido e antecessor na Presidência da Argentina, Cristina Kirchner, tenta fazer com que seu luto vire votos nas eleições de 2011. Ela herdou o governo e pouco mudou de sua estrutura. Terá agora de mostrar ao povo argentino que não só o legado está assegurado, mas, também, que o país pode crescer economicamente. O ex-presidente Eduardo Duhalde já lançou sua pré-candidatura e sua estratégia de campanha é abrir fogo contra o “kirchnerismo” – segundo ele, sinônimo de autoritarismo. Cristina, que em 2010 desgastou-se ao tentar silenciar o grupo de mídia Clarín, terá de criar uma linha mais sólida de governo para ganhar projeção internacional.

 

Fernando Henrique Cardoso
Ex-presidente do Brasil
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Não interessa que caminhos tomará a oposição brasileira em 2011. Qualquer um deles passará por Fernando Henrique Cardoso. Mesmo se não assumir um cargo formal em seu partido, o PSDB, o ex-presidente seguirá como uma de suas vozes mais influentes e como a principal referência para as definições programáticas previstas para este ano. Na campanha presidencial de 2010, os tucanos apostaram mais na biografia de seu candidato, José Serra, do que em oferecer uma alternativa ao programa petista. O legado do governo FHC acabou evitado como uma inconveniência. Depois da derrota, porém, a oposição se convenceu de que este foi o principal erro cometido na campanha. Assim, mesmo as mudanças que serão propostas agora passarão inevitavelmente pelo que foi feito ou deixado de fazer nos anos FHC. E o ex-presidente não cansa de dar sinais de que gosta de ser ouvido.

 

Nicolas Sarkozy
Presidente da França
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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tem tudo para assumir em 2011 a liderança do processo de recuperação da combalida economia europeia. Defensor de mecanismos de segurança financeira menos ortodoxos do que os pregados pelo Banco Central Europeu, ele terá também posição estratégica no cenário internacional. A França assume a presidência do G20 e do G8, os grupos das principais economias mundiais. No âmbito interno, o presidente terá que reverter os baixos índices de popularidade para disputar de novo as eleições presidenciais francesas para 2012. Filho de um imigrante húngaro e de uma francesa de origem greco-judaica, Sarkozy foi eleito presidente em 2006 e atingiu recordes de rejeição entre os franceses no ano passado.

 

Kim Kong-il
Presidente da Coreia do Norte
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Kim Jong-il, presidente da Coreia do Norte, entra em 2011 sob holofotes – e espalhando medo. Em resposta às sanções impostas pela ONU ao seu programa nuclear, o líder coreano bombardeou a vizinha Coreia do Sul. Reconhecido internacionalmente como o chefe de Estado mais totalitário, ele faz questão de alimentar tal fama e destina cerca de 20% do PIB de seu país à produção de armas militares, incluindo as nucleares como a bomba atômica. Há fortes indícios de que em 2011 Kim Jong-il passará o comando do país ao seu filho mais velho, Kim Jong-un, que deverá seguir no mesmo tom: reforço do potencial militar.