ROMA, 03 ABR (ANSA) – Após se afastar da liderança do Partido Democrático (PD), o ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi conquistou uma vitória significativa no primeiro embate para as eleições da sigla nas diversas regiões.
A votação entre os afiliados ao PD deste domingo (02), mostrou que ele ainda continua sendo a principal liderança da legenda, conquistando entre 62% e 68% dos votos. A diferença é reflexo do que a campanha de cada candidato afirma ser o resultado final – que só será divulgado no fim desta segunda-feira (03).
“68%, números impressionantes. Viva a democracia e obrigado a todos. Agora ao trabalho, todos juntos”, escreveu o ex-premier em uma postagem no Instagram. Segundo os dados extraoficiais, o segundo colocado entre os correligionários foi o ministro da Justiça, Andrea Orlando, que teve entre 25% (dados de Renzi) e 29,6% (dados de seu staff). Em terceiro, aparece o governador da Púglia, Michele Emiliano com votação de 6% a 8%.
A divergência nos números também está na afluência. Enquanto a equipe de Orlando diz que cerca de “200 mil votantes” participaram, os números do ex-premier apontam 266 mil, em uma afluência maior que a registrada no último congresso.
De acordo com os dados prévios por regiões, Renzi venceu em Palermo, com 82,1% dos votos, na Sicília com 72,35% e em Roma, pela primeira vez, ele venceu em 13 dos 15 círculos do PD na capital.
A votação final das primárias para a secretaria do PD será realizada no dia 30 de abril, quando o voto é aberto para todos os italianos, não apenas os afiliados.
Renzi deixou o posto de líder da sigla governista após anunciar sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro, em dezembro do ano passado, quando sua proposta de reforma constitucional foi rejeitada pela maior parte da população.
Após isso, as divisões no PD foram ficando cada vez mais fortes, com a criação até de um partido concorrente, da chamada “minoria”, que não concordava com as políticas de Renzi. (ANSA)