16/10/2019 - 17:19
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) tiveram rentabilidade de 6,4% de janeiro a junho deste ano, acumulando um total de R$ 940 bilhões de ativos. Isso representa 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro semestre de 2019, segundo os dados divulgados hoje (16) pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar Fechada (Abrapp), na capital paulista.
De acordo com o balanço, a maior parcela de investimentos está alocada na Renda Fixa, com 74% em junho, totalizando R$ 668,5 bilhões. Na Renda Variável a soma de investimentos é de R$ 164 bilhões, o que corresponde a uma parcela de 18,2%.
Os dados mostram ainda que o índice de solvência dos planos de previdência complementar chegou a 100% no sexto mês do ano. índice de solvência é a saúde financeira de um fundo de pensão, o que indica a capacidade futura de pagar os participantes.
As EFPCs, também conhecidas como Fundos de Pensão, atuam sob a forma de fundações de direito privado ou de sociedade civil sem fins lucrativos. Elas têm a finalidade de administrar e operar planos de benefícios previdenciários criados por empresas (patrocinadores) para seus empregados (participantes) ou por pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial (instituidores) para seus associados.
Conforme os números da Abrapp, o total de participantes das EFPCs é de 2,7 milhões, os assistidos chegam a 857 mil e os dependentes estão em 3,9 milhões de pessoas. Entre os participantes ativos 64,6% são homens e 35,4% são mulheres. A faixa etária predominante é a de 35 a 54 anos.
Os dados também indicam que o valor médio da aposentadoria programada foi de R$ 6,26 mil. A média da aposentadoria por invalidez foi de R$ 2,73 mil e o valor médio das pensões foi de R$ 2,96 mil.
Para o presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, há uma demanda reprimida no setor e por conta da Reforma da Previdência as pessoas estão buscando conhecer alternativas para ter uma proteção social adicional no futuro para complementar sua renda no período de inatividade.
“Estamos fazendo chegar à população brasileira e a disseminar uma cultura previdenciária e as pessoas estão preocupadas com a qualidade de vida. Elas sabem que com a Reforma da Previdência, ainda que paramétrica, elas terão que trabalhar por mais tempo, contribuir mais e receber benefício inferior”, disse.