Renda Fixa Digital: um novo caminho para seus investimentos com alto retorno e previsibilidade

Renda Fixa Digital: um novo caminho para seus investimentos com alto retorno e previsibilidade
Foto: Lorena Dini

Renda Fixa Digital: um novo caminho para seus investimentos com alto retorno e previsibilidade

Entre os ativos financeiros preferidos dos investidores brasileiros em 2022, a renda fixa despontou como um dos favoritos. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as aplicações da categoria representavam 57% da carteira no fim de 2021. No fim do primeiro semestre de  2022, atingiu 61%, enquanto a renda variável caiu de 19% para 16%.

 

A alta na taxa de juros do País – que subiu de 2% a 13,75% em menos de dois anos – fez com que muitos investidores realocassem seus recursos em ativos de renda fixa, em busca de maior rentabilidade e segurança. Com o advento do blockchain, um ativo semelhante também está ganhando força: a renda fixa digital.

 

Semelhante em alguns pontos com a renda fixa tradicional, a renda fixa digital envolve frações de ativos reais em forma de tokens, gerados via blockchain da ethereum. A empresa Mercado Bitcoin, que comercializa esse tipo de produto financeiro digital, é responsável pela emissão, custódia e pelo pagamento dos tokens adquiridos.

 

Segundo Vitor Delduque, diretor de Negócios da unidade MB Token, a tokenização de ativos ainda não é algo muito conhecido no mercado financeiro. “A tokenização é um assunto totalmente novo até mesmo para quem já trabalha com investimentos, assim como muitas das pessoas que investem em CDB também nunca ouviram falar sobre o assunto. Estamos tentando divulgar ao máximo essa nova alternativa de alocação de recursos para ajudar os investidores a terem melhor rentabilidade”.

 

Para ele, investir na renda fixa digital é uma maneira simples e com menos custos de adquirir parcelas de patrimônio. “É um produto com acesso fácil, baixo ticket inicial, para todos os tipos de investidores – inclusive, os pequenos – tendo um risco totalmente controlado e boa liquidez. Antigamente, diversas categorias de investimentos eram disponibilizadas apenas para grandes investidores e, por meio da tokenização, conseguimos mudar isso”.

 

Entre os principais diferenciais que vêm atraindo um número cada vez maior de investidores para a renda fixa digital, está o alto potencial de retorno – enquanto a renda fixa tradicional, em média, remunera 14% ao ano, a renda fixa digital rende até 18% líquido. “É o tipo de retorno que dificilmente se consegue na renda fixa tradicional, mesmo com a taxa de juros elevada”, diz Delduque.

 

Outro aspecto, é a liquidez. O investidor pode vender seus tokens no mercado secundário, antes que haja a liquidação dos tokens, um dos momentos mais esperados pelos investidores, que é quando o ativo real é pago e os clientes que compraram os tokens recebem lucros proporcionais ao seu investimento.

 

A acessibilidade também pesa em favor da renda fixa digital. Cada token pode ser comprado a partir de R$ 100. Oferece segurança e alta rentabilidade. Além disso, não é cobrada nenhuma taxa para fazer o investimento e o investidor consegue ter uma projeção do retorno que irá obter logo no momento da compra.

 

As regras tributárias são um dos pontos que também se diferenciam entre a renda fixa tradicional e a digital. Enquanto no fundo tradicional, o investidor começa o investimento pagando 22,5% de imposto de renda nos primeiros seis meses, na renda fixa digital, com alienações até R$ 35 mil, o investidor está isento do pagamento do tributo.

 

Consórcios

O MB tokeniza diversos tipos de ativos físicos. O consórcio é um deles. Delduque conta que a empresa adquire cotas de consórcios contempladas e até mesmo inadimplentes dos proprietários e monta uma cesta de ativos que são tokenizados. Para ter esse acesso, conta com parcerias com administradoras de grande porte, como grandes bancos.

 

O risco é bem baixo, dado que a MB só trabalha com Administradoras Triple A e as cotas são adquiridas por um fundo proprietário, trazendo governança sobre o lastro.

 

Vitor cita que paga um preço um pouco menor aos donos das cartas que o seu valor. Segundo ele, por  ter diversas cotas em uma mesma renda fixa digital, o risco é diluído.

 

Além do deságio, Vitor também destaca que todas as cotas possuem um índice de atualização de valor, o que ajuda a tirar o custo dos parceiros. “Todas as cotas possuem um índice de atualização de valor, o que ajuda a levar um alto rendimento ao investidor. A tokenização gera benefícios para todos os envolvidos no processo.

Quem precisa de liquidez, ganha um mercado para vender suas cotas, quem precisa de um bom e seguro investimento, ganha essa possibilidade. Ao investir no token de consórcio, todos saem felizes”.

 

Fluxos de pagamento

Um dos itens tokenizados mais procurados pelos investidores na plataforma do MB são os lastreados aos fluxos de pagamentos das empresas, destaca Delduque. Segundo ele, o que atrai nesse tipo de investimento é o curto prazo para liquidação. “Nós já tivemos tokens pagando entre 30 e 45 dias. O investidor recebe até 18% ao ano no período, equivalente ao investimento feito”.

 

Precatórios

Outro ativo que também é tokenizado pelo MB, são os precatórios, que são dívidas do governo. De acordo com Vitor, é uma forma de o investidor ter acesso a algo que tem uma aquisição burocrática, demanda alto valor de investimento e acompanhamento jurídico. “O MB disponibiliza uma cesta de precatórios que, em grande parte, são escolhidos de Estados que têm bom histórico de pagamento e bom prazo”.

 

Contratos de energia

Os contratos de comercialização de energia elétrica também entram na lista dos ativos tokenizados pelo MB. “Muitas comercializadoras de energia enxergaram a tokenização como uma forma segura e prática no mercado para antecipar seus recebíveis com o intuito de investirem em seus projetos de expansão”, diz Vitor.

 

Próximos passos

De acordo com o diretor do MB Tokens, o céu é o limite para a tokenização. Até o momento, a empresa já tokenizou mais de R$ 200 milhões em ativos. “Estamos vivendo uma fase excelente para a renda fixa no Brasil, com as taxas de juros elevadas. A migração de investidores dos ativos de renda variável para renda fixa deve se manter, pelo menos, nos próximos dois anos”.

 

Além disso, Delduque destaca que tem em seu radar mais de R$ 3 bilhões em ativos para serem tokenizados, mais de 10 novos mercados para explorar e estão desenvolvendo seus canais de distribuição. “Um novo fundo focado em tokens já está sendo estruturado e, em breve, o investidor institucional terá acesso aos tokens de uma forma tradicional”.

 

De acordo com o diretor, nos próximos anos, o crescimento desse mercado será exponencial. “A tokenização é o futuro do mundo dos investimentos. O mercado de renda fixa digital chega para gerar questionamentos sobre como nossos produtos tradicionais são estruturados e se torna uma boa alternativa de investimento para 2023”, conclui.

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