Renan Filho, candidato à reeleição em Alagoas (Crédito:Agência Brasil)

O ex-presidente Fernando Collor (PTC) está levando uma surra do jovem Renan Calheiros Filho (MDB), atual governador e candidato à reeleição em Alagoas. O Ibope diz que Renanzinho está com 46% nas pesquisas para o governo alagoano, quase ganhando no primeiro turno. Collor, que saiu com o rabo entre as pernas da presidência da República em 1992, acossado com o impeachment, está com apenas 22%, e as pesquisas dizem que perde com o menino Calheiros, que é filho de Renanzão, o ex-presidente do Senado.

Renanzão já foi o maior aliado de Collor e era, inclusive, líder da turma que sustentou Collor no seu podre governo federal. Collor chegou a se lançar candidato a presidente agora, mas desistiu quando estava com 1% e percebeu que não teria respaldo popular. Pensou que pudesse voltar ao cenário nacional elegendo-se governador em Alagoas, estado que o projetou no final da década de 80, quando chegou à presidência em 1989, ganhando de Lula.

O povo não é bobo e Collor deve perder para o jovem Calheiros, que vem também de uma família que não cheira nada bem. O pai responde a dezenas de processos por corrupção, inclusive da Lava Jato. Renanzinho também é acusado de receber dinheiro da Odebrecht. Ou seja, em Alagoas não há flor que se cheire. Collor, que é outro que responde a processos na Lava Jato, pelo menos vai ficar no papel que a história lhe reservou: no ostracismo.

O pior é que o velho Renan, lidera as pesquisas para o Senado, pelo MDB, com 33%, à frente de Benedito Lira (PP), com 25%, Rodrigo Cunha (PSDB), com19%, e Maurício Quintela (PR), com 18%. O alagoano ainda vai ter que continuar a engolir a família Calheiros.