A seleção brasileira chegou ao Mundial de Vôlei com algumas incertezas, mas superou desfalques importantes e conseguiu chegar à sétima semifinal consecutiva em edições do torneio. Neste sábado, viverá um dos maiores desafios deste momento de reformulação, em um duelo com a Polônia, anfitriã do torneio, pela vaga na final. Superar os donos da casa não será fácil, mas o treinador Renan Dal Zotto confia na união demonstrada pelo grupo, qualidade que para ele foi uma das mais importantes na campanha até agora.

“Cada vez que uma peça se machuca, ficamos preocupados, pois todos são importantes no nosso conjunto. E nesses momentos os que estão no banco mostram seu valor. Todas as vezes em que precisamos, os que estavam fora corresponderam.Esta cumplicidade é importante para nossos objetivos”, comentou o treinador, lembrando que perdeu o oposto Alan e o central Isac por lesão antes da viagem para o Mundial. Durante a competição, não teve Lucarelli nas oitavas, contra o Irã, por causa de dores na panturrilha, mas Rodriguinho correspondeu.

“O que me deixa muito feliz é a entrega de cada um. O nosso dia a dia, o que é feito fora da quadra, tem proporcionado isso. Temos uma característica muito clara que é a mescla de gerações. E é impressionante a cumplicidade que eles têm um com o outro, um dos ingredientes mais importantes na formação desta equipe. Não é garantia de nada, mas é importante. O que acontece durante os jogos é reflexo de tudo isso”, completou.

O Brasil busca seu quarto título do Mundial. Semifinalista nas seis edições anteriores, ficou de fora da final neste período apenas em 1998. Em sequência, conquistou o tricampeonato com os títulos de 2002, 2006 e 2010. Nas duas disputas seguintes, em 2014 e 2018, perdeu as finais justamente para a Polônia e ficou com o vice-campeonato.

O novo duelo decisivo com os poloneses está marcado para as 13 horas deste sábado (horário de Brasília), em Katowice, na Polônia. “Nossa grande missão é estar sempre entre os melhores, buscando títulos. É um orgulho enorme estar entre os quatro, mas sabemos que ainda não temos nada conquistado. Nas últimas duas décadas, o Brasil sempre esteve entre os quatro melhores, raras vezes isto não aconteceu. E hoje o que queremos é estar na final”, comentou Renan Dal Zotto.