Fora do eixo, as equipes paraenses são conhecidas pela festa das torcidas e pelas boas campanhas nos torneios nacionais. O futebol na região passou por transformações, os clubes se reestruturaram dentro de campo e atraíram a atenção dos patrocinadores que ajudaram no crescimento das equipes.

De um lado, o Remo reformou o Estádio Baenão e conquistou o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro depois de 13 anos. Atualmente na terceira divisão, o Paysandu segue com o projeto da construção do centro de treinamento. O Estádio Mangueirão, palco conhecido do futebol brasileiro, passa por mudanças estruturais para proporcionar maior conforto aos torcedores.

Fora das quatro linhas, os clubes se destacam com iniciativas comerciais para estreitar a relação com os seus torcedores. Nesta temporada, o tecido do uniforme principal do Remo é produzido com oito garrafas pets retiradas de rios e oceanos. Lançada em julho, a venda das camisas já garantiu a retirada de mais de 224 mil garrafas do meio ambiente e vem sendo um sucesso.

– Além de colaborar com o meio ambiente, as peças produzidas com materiais sustentáveis não perdem em nível de qualidade em relação aos produtos que estamos acostumados. A camisa do Remo é recheada de conceitos para relembrar a biodiversidade amazônica. O clube está envolvido em diversas causas sociais, e a torcida aprovou o novo uniforme – conta Fernando Kleimmann, sócio-diretor da Volt Sport, patrocinadora do Remo.

Buscando recursos para concluir as obras do CT Raul Aguilera, o Paysandu lançou um programa especial para os torcedores. Em parceria com a Multimarcas, o “Consórcio do Papão” oferece cartas de crédito para facilitar a compra de automotivos. Com valores partindo de 15 reais e chegando aos 30 mil reais os torcedores podem dividir as parcelas em até 80 meses.

– O programa envolve uma série de benefícios para os seguidores do Paysandu. Como patrocinadores do clube, devemos promover iniciativas para ajudar a instituição e nos aproximar dos fãs. Essas ativações são essenciais para aproximar o torcedor, criar uma relação com o público e capitalizar as oportunidades – afirma Fernando Lamounier, diretor de marketing da empresa.

De acordo com Marcelo Palaia, especialista em marketing, as marcas devem estudar o mercado, pensar em boas ações para conseguir converter os materiais em venda de produtos e assim aproximar os torcedores do clube.

– As empresas devem entender que não basta apenas estampar a logomarca na camisa, é necessário pensar em projetos para ampliar o alcance da marca. As ativações deste tipo são importantes, carregam o nome do clube e atraem a atenção dos torcedores em ações fora do futebol – completou.


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