Ganhou os noticiários desde o período da manhã desta segunda-feira (26) uma operação feita em conjunto pelas polícias Militar e Civil no Complexo da Maré, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Vídeos publicados nas redes sociais mostram pessoas jogadas no chão durante um engarrafamento para se protegerem dos tiros. A ação policial, que teve como intuito “combater as tentativas de investidas de uma facção criminosa contra outra”, deixou ao menos cinco mortos.

Contudo essa não foi a única operação que resultou em morte. A IstoÉ reuniu seis ações policiais consideradas as mais letais do Rio de Janeiro.

Jacarezinho

A primeira operação policial mais letal da história carioca foi a que ocorreu em maio de 2021 na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, que deixou 28 mortos.

Por conta dessa ação, os dois agentes Amaury Godoy Mafra e Alexandre Moura de Souza foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pelas mortes de Richard Gabriel da Silva Ferreira e Isaac Pinheiro de Oliveira. Porém o juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal do Rio mandou arquivar as denúncias.

Além disso, a Polícia Civil derrubou no dia 11 de maio de 2022 um memorial feito em homenagem aos mortos da operação policial. Na época, a corporação afirmou que o tributo era “ilegal” e fazia apologia ao tráfico de drogas da região, “uma vez que os mortos tinham passagens pela polícia e envolvimento comprovado com atividades criminosas”.

Vila Cruzeiro

Uma ação policial realizada na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio, em maio de 2022, é considerada a segunda mais letal por ter deixado 25 mortos.

Na época, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires explicou que a operação, feita em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), teve de ser realizada de modo emergencial para impedir uma suposta migração dos criminosos para a favela da Rocinha.

Complexo do Alemão

Duas operações policiais deflagradas no Complexo do Alemão são consideradas a terceira e quarta mais letais do Rio de Janeiro.

Uma realizada em junho de 2007 deixou 19 pessoas mortas. Essa ação reuniu cerca de 1.350, dentre eles civis, militares e soldados da Força Nacional.

A outra, deflagrada em julho de 2022, contou com a participação de policiais civis e militares e resultou na morte de 17 pessoas. Entre as vítimas fatais estavam uma mulheres, um agente da lei e 15 suspeitos.

Senador Camará

No ano de 2003, cerca de 12 pessoas morreram durante uma operação policial feita nas favelas do Rebu e da Coréia, ambas localizadas em Senador Camará, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Essa ação é considerada a quinta mais violenta da história carioca. Entre as vítimas fatais estavam 11 supostos traficantes e um policial militar.

Na época, o coronel Josias Quintal, que atuava como secretário estadual de Segurança Pública, informou que a operação foi montada para cumprir mandados de prisão contra quatro suspeitos de integrarem o tráfico das duas comunidades.

Fallet-Fogueteiro

A sexta operação mais fatal foi a que ocorreu no bairro do Catumbi, onde estão localizadas as comunidades Fallet, Fogueteiro e da Coroa.

Em fevereiro de 2019, policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) realizaram uma operação nas comunidades Fallet e Fogueteiro. O que fez com que traficantes tentassem invadir o Morro da Coroa.

Cerca de 13 pessoas morreram durante essa ação policial. Por conta disso, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça Militar 13 policiais militares por terem removido nove cadáveres de dentro de uma residência.