O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou na última segunda-feira (05) a agricultora Elizamar de Moura Alves, que dopou e incinerou o marido em um forno de fumo. Segundo a mulher, ela era vítima de constantes agressões e decidiu cometer o crime quando os filhos também começaram a ser ameaçados.

Elizamar está presa desde maio, quando admitiu o crime, mas outras mulheres também já chamaram muito a atenção da mídia por serem acusadas de matar seus maridos. Listamos cinco desses casos abaixo:

Elize Matsunaga

Foi um caso que chocou o país e ainda repercute: Elize Matsunaga, estrela do novo documentário da Netflix “Era Um Vez Um Crime”, que estreia nessa quinta-feira (08), ficou famosa nacionalmente por esquartejar o marido Marcos Matsunaga, herdeiro da marca Yoki, em 2012.

Depois da descoberta do corpo de Marcos em três malas na beira de uma estrada em Cotia, três dias depois do crime, Eliza admitiu o homicídio e contou à polícia todos os detalhes do crime: segundo ela, a principal motivação foram as discussões que o casal teve sobre um caso extraconjugal que Marcos mantinha e as ameaças que ele fazia sobre manter a guarda da filha deles.

Em 2016, Elize foi condenada a 19 anos de prisão em regime fechado. Desde 2019, entretanto, ela cumpre pena em regime semiaberto.

Anne Cipriano Frigo

Em junho deste ano, a empresária Anne Cipriano Frigo ganhou os noticiários ao ser apontada como mandante da morte do namorado, Vitor Lúcio Jacinto. O corpo da vítima foi encontrado próximo à represa Guarapiranga (SP).

De acordo com as investigações policiais, Anne bancava uma vida milionária para o namorado. De mansão em Alphaville a carros luxuosos, ela o tirou do trabalho de segurança que realizava para ser sustentado por ela. Anne teria descoberto diversas traições de Vitor e prometido pagar R$ 200 mil para Carlos Ribeiro Alex de Souza, amigo do casal, matar o companheiro.

Carlos confessou o crime, mas disse que não recebeu a quantia prometida. Por enquanto, Anne está presa temporariamente por determinação da Justiça de São Paulo.

Valérie Bacot

A história da francesa Valérie Bacot tomou os noticiários internacionais nos últimos meses ao ser julgada por matar o marido, que a estuprava, espancava e a forçava à prostituição. Toda a história foi contada por ela mesma no livro best-seller “Todo Mundo Sabia“, em que relatava quase duas décadas de abusos constantes, começando quando ainda era adolescente.

Valérie admitiu ter matado Daniel Polette em 2016 e de acordo com os documentos judiciais e o próprio relato no livro, Bacot foi estuprada pela primeira vez por Polette quando ela tinha 12 anos e ele era amante da mãe dela. Aos 17, ela engravidou e passou a viver com seu abusador.

Além de ser constantemente estuprada e agredida fisicamente, em determinado ponto Polette a obrigava a se prostituir no banco traseiro de seu carro. Em março de 2016, então, Valérie matou o abusador com um tiro na nuca e enterrou o corpo numa floresta com a ajuda de seus dois filhos.

No último dia 26 de junho, o julgamento de Bacot foi encerrado e ela saiu do tribunal como uma mulher livre: ela havia sido condenada a 4 anos de prisão, mas 3 deles foram anulados e ela já havia passado 1 ano presa quando admitiu o crime, em 2017.

Caso Ademir

No início de maio passado, a esposa do policial militar aposentado Ademir Marques Pestana admitiu que matou a tiros seu companheiro, em um caso de legítima defesa. Segundo a versão da mulher, ele era usuário de crack e vivia uma relação de abuso.

Ao longo dos anos, ela registou sete boletins de ocorrência contra Ademir, e duas vezes pediu medidas preventivas contra o ex-PM. Constantemente ameaçada de morte em caso de separação, a mulher contou que no dia do crime os dois brigaram e ele apontou uma arma para ela. Eles entraram em uma briga corporal, na qual ela conseguiu tirar a arma da mão dele e efetuou dois disparos.

O advogado da mulher espera que a promotoria peça ao juiz absolvição do caso por  legítima defesa.

Cláudia Aparecida

Em janeiro deste ano, Cláudia Aparecida, de 48 anos, admitiu em uma live nas redes sociais que havia atropelado e matado o marido. Depois do crime, ela começou a transmissão ao vivo onde mostrava o corpo do esposo embaixo do carro. Segundo Cláudia, ela era constantemente agredida e chegou a pedir ajuda aos familiares, que nunca a socorreram.

No dia do atropelamento ela foi presa e alegou legítima defesa, dizendo que o companheiro era usuário de drogas e que se tornava violento sob efeito de entorpecentes, tendo a agredido duas vezes.