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Ozzy Osbourne, vocalista do Black Sabbath, morreu nesta terça-feira, 22, aos 76 anos, poucas semanas após o show de despedida da banda. Considerado uma lenda da música e conhecido pelos fãs como o “Príncipe das Trevas”, o cantor vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos anos.
Relembre a trajetória do artista:
Raízes do metal
Nascido John Michael Osbourne, em 3 de dezembro de 1948, Ozzy cresceu em um bairro operário de Birmingham. Foi com o Black Sabbath, fundado em 1968, que sua carreira começou a ganhar forma. O álbum homônimo de estreia (1970) é considerado um dos pilares fundadores do heavy metal, seguido por clássicos como Paranoid e Master of Reality. Sua voz marcante e presença de palco excêntrica ajudaram a moldar o som sombrio e pesado que definiria o gênero.
Após ser demitido do Sabbath em 1979, Ozzy iniciou uma carreira solo de sucesso estrondoso, lançando álbuns como Blizzard of Ozz (1980) e No More Tears (1991), com hits como “Crazy Train” e “Mama, I’m Coming Home”. Trabalhou com guitarristas lendários como Randy Rhoads, Zakk Wylde e Jake E. Lee, e vendeu mais de 100 milhões de discos ao longo da vida.
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Ícone cultural além da música
Além dos palcos, Ozzy também se tornou uma figura cultural com o reality show The Osbournes, exibido pela MTV nos anos 2000, ao lado da esposa Sharon e dos filhos. A exposição na TV o transformou em um nome popular também fora da cena musical, mostrando um lado inusitado e humano do roqueiro conhecido como “Príncipe das Trevas”.
Reconhecido com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, entrada no Rock and Roll Hall of Fame (com o Sabbath em 2006 e como artista solo em 2024), além de prêmios como o Ivor Novello e o Global Icon Award da MTV Europe, Ozzy tornou-se um símbolo de resistência e transformação na indústria musical.
Despedida com dignidade
O show de despedida em julho de 2025 foi planejado como um grande tributo ao seu legado. A renda do evento foi revertida para instituições como Cure Parkinson’s, Birmingham Children’s Hospital e Acorn Children’s Hospice. Apesar da saúde debilitada, o cantor se manteve envolvido na preparação até o último momento, segundo revelou Sharon Osbourne na época.
“Ozzy viveu para os fãs. Ele deu tudo de si para esse último show. Foi o fim que ele queria: com música, com aplausos e cercado por quem o ama”, declarou a esposa.
Legado eterno
Ozzy Osbourne deixa um legado que vai muito além da música. Sua trajetória é marcada pela reinvenção, ousadia e um profundo vínculo com o público. De pioneiro do metal sombrio a figura pop global, ele provou que é possível viver intensamente e com autenticidade, mesmo diante das maiores adversidades.
Com sua voz única, visual marcante e personalidade irreverente, Ozzy transformou o rock — e continuará influenciando gerações por muito tempo.