Luto na música! Nesta segunda-feira, 24, a cantora de soul Roberta Flack, conhecida por baladas românticas como “Killing Me Softly With His Song”, faleceu aos 88 anos. Em nota à imprensa, representantes da artista não divulgaram a causa da morte.
“Estamos com o coração partido, pois a gloriosa Roberta Flack faleceu nesta manhã, 24 de fevereiro de 2025. Ela morreu em paz, cercada pela sua família. Roberta quebrou limites e recordes. Ela também era uma educadora orgulhosa”, informa a declaração.
Diagnosticada com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), Flack estava afastada dos palcos. Uma empresária da cantora revelou que a doença tornou “cantar e falar” impossível para a artista.
Carreira
Filha de um organista de igreja, Roberta Flack começou a tocar piano desde cedo, o que lhe possibilitou conquistar uma bolsa de estudos em música e, posteriormente, um diploma na Howard University, nos Estados Unidos. Lá, ela recebeu uma bolsa aos 15 anos, graduando-se em 1958 com um bacharelado em educação musical e, inclusive, chegou a lecionar.
Em 1969 e 1970, ela lançou seus dois primeiros álbuns: First Take e Chapter Two, respectivamente. No entanto, esses discos não geraram singles de sucesso. A reviravolta aconteceu quando uma versão de “The First Time Ever I Saw Your Face”, de seu primeiro LP, foi incluída na trilha sonora do filme de 1971 Play Misty for Me. O single alcançou o primeiro lugar em 1972, permanecendo no topo por seis semanas, tornando-se o maior sucesso daquele ano. Além disso, a música lhe rendeu o prêmio de Gravação do Ano no Grammy Awards de 1973.
A cantora seguiu com o primeiro de vários duetos com um colega de classe da Howard, “Where Is the Love” e “Killing Me Softly With His Song”, que se tornou o segundo hit número um de Flack, passando cinco semanas no topo da parada da Billboard. A música também lhe rendeu mais dois prêmios Grammy em 1974: Gravação do Ano e Melhor Performance Vocal Pop por uma Artista Feminina.
Após liderar as paradas novamente em 1974 com “Feel Like Makin’ Love”, Roberta fez uma pausa nas apresentações para se concentrar em gravações e causas de caridade.
Ao longo de sua carreira, ela também interpretou uma grande variedade de artistas, incluindo Leonard Cohen e The Beatles. Embora suas músicas mais reconhecidas sejam canções de amor, Flack nunca evitou abordar questões complexas: ela tratou da injustiça racial em faixas como “Tryin’ Times”, e da desigualdade social e econômica em “Compared to What”.
Esse legado persistiu por décadas, enquanto Flack influenciava artistas mais jovens como Lauryn Hill e os Fugees — que lançaram sua própria versão celebrada de “Killing Me Softly” em 1996 — assim como Lizzo, Lady Gaga e Ariana Grande.
Indicada a um total de 14 Grammys, a música de Flack foi descrita como “elegante, urbana, reservada, suave e sofisticada”, segundo o Spotify, onde acumula mais de 4 milhões de ouvintes mensais.