Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) – A versão final do relatório da CPI da Covid, que será votado nesta terça-feira, passou a incluir 10 novos indiciados e chegou a 76 pessoas e duas empresas.

Entre os novos indiciados, incluídos pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), a pedido de outros senadores, está o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde Helio Angotti Neto, acusado de pandemia com resultado morte e incitação ao crime. Angotti Neto foi investigado no caso do colapso do sistema de saúde de Manaus.

Também entrou na lista, entre outros, o tenente-coronel Heitor Freire de Abreu, assessor do ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e que trabalhava com ele na coordenação do grupo formado pelo governo para responder à pandemia.

O documento não trazia o indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima, e do ex-secretário de Saúde do Estado, Marcellus Campêlo, mas ambos acabaram sendo incluídos durante a sessão, atendendo a um pedido do senador Eduardo Braga (MDB-AM).

O senador, que tinha um voto em separado com a inclusão de Lima e Campêlo, disse que essa era sua única modificação em relação ao texto de Renan e abriria mão se Renan aceitasse sua alteração, o que foi feito.

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Em nota enviada pela Secretaria de Comunicação do Amazonas, o governador do Estado, Wilson Lima, disse que sua inclusão entre os alvos de pedido de indiciamento é política.

“A inclusão do meu nome no relatório final da CPI tem total motivação político-eleitoral, liderada pelo senador Eduardo Braga, visando as eleições de 2022. Não fui sequer investigado pela CPI. Vou seguir trabalhando e fazendo o que nenhum político que esteve à frente do Estado foi capaz de fazer em tão pouco tempo pelo desenvolvimento do Amazonas”, afirmou Lima.

Procurados pela Reuters, Angotti Neto e Abreu não responderam de imediato a pedido de comentário. Não foi possível contatar de imediato Campêlo.

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